O corpo que ressoa harmonia de amor traz na alma o alaúde-consciência afinado pelo Maestro do amanhecer!
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Eu não sou um santo!
Na infância eu roubei umas moedas da minha mãe, um dia que ele não estava, e usei o dinheiro pra comprar linha pra empinar pipa. Em outra circunstância eu briguei com a minha irmã e dei um soco nos seios dela... Ela sentiu muita dor...
Já fiz muitas coisas erradas, como todas as pessoas, e continuo cometendo erros. Mas, estou me esforçando pra despertar a consciência e ser uma pessoa mais humana.
Quantas vezes não roubamos uma caneta na empresa? Ou imprimimos documentos pessoais usando da impressora da empresa? Ou ficamos usando o telefone da empresa pra assuntos pessoais? Quantas vezes não fizemos fofocas de outras pessoas, mentimos, traímos, enganamos?
A diferença entre nós e os grandes corruptos é que só temos a oportunidade de roubar canetas, os grandes corruptos tem oportunidades de roubar milhões! Quem não resite a tentação de roubar uma caneta vai resistir a oferta de suborno pra ganhar um carro? Ou para ganhar um apartamento? Ou para ganhar um emprego com um bom salário?
Eu venho me educando há muito tempo pra não pegar um centavo que não seja meu, isto por conta de questões espirituais. Como vou me comportar se um dia me tornar rico, ou me tornar uma pessoa famosa, ou um político? Precisarei viver a situação pra saber como vou e comportar.
Desde a adolescência estou no caminho do despertar da consciência, foram muitos anos de trabalho pra desconstruir inconsciências no meu comportamento. E por conta de todo este trabalho eu estou compreendendo a sociedade tão doente que criamos, e estou aprendendo aos poucos a manter o equilíbrio diante de tantas inconsciências.
A cada dia está mais claro pra mim o quanto é desafiador a experiência de viver como um ser humano!
No próximo capítulo vou escrever sobre as corrupções de todos nós.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência", juntamente com os outros que foram escritos na sequência.
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