O eterno é a vida presente
O tempo morreu ou virá
A alma, mistério infinito
O corpo, finita estação
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Os egos se alimentam por meio das fantasias que criam e por suas ações por meio dos nossos corpos. Por exemplo os egos da ira se alimentam quando nos identificamos com eles e ficamos brigando, xingando, revoltados, seja fisicamente ou mentalmente, por meio das fantasias.
Os filmes, novelas, propagandas e outras produções de vídeos usam de textos, sons, efeitos, cenários para criarem situações que estimulem as pessoas telespectadoras a se envolverem emocionalmente.
Um bandido agride o filho de uma pessoa, esta pessoa parte em perseguição, a trilha sonora provoca a adrenalina em quem assiste, e a pessoa fica com a respiração alterada, o coração acelera, e ela fica ansiosa para que o mocinho pegue o bandido e o soque até matar!
No filme "Django Livre" várias cenas estimulam a indignação com os maus tratos produzidos com a escravidão, indignação contra o racismo, etc. Nas cenas finais o negro se vinga e produz uma chacina, matando todos os injustos, inclusive o negro puxa saco dos brancos. Eu sou negro e ao assistir observei o meu centro emocional sendo manipulado e barrei a situação, porque não estava afim de alimentar meus egos de revolta contra as pessoas brancas, alimentar a raiva de um modo geral. Minha filha me convidou para assistir e ela é uma ativista contra o racismo... Compreendi e alertei ela sobre o que estes filmes fazem com a gente. Também sou ativista contra o racismo, mas não com raiva, busco trabalhar com conversas, com amor. Pessoas brancas e negras estamos sendo vítimas dos nossos egos, nossas inconsciências, e sendo jogadas umas contra as outras.
Nestas produções cinematográficas os nosso egos se alimentam, ficamos com raiva, ficamos com desejos, ficamos com medo, etc, etc, etc. Vários egos são alimentados ao ficarmos identificados com a tv ou outros meios de comunicação. Vejo que precisamos de muita consciência para usarmos os meios de comunicação e não sermos USADOS por eles.
As fantasias dos egos são como estes filmes, só que cada pessoa cria as suas fantasias dentro de si. E estas fantasias, assim como as produções em vídeos, são banquetes para os egos. Em nossas fantasias os egos ficam livres pra fazerem o que desejam, não há limites!
Eu assisto filmes, documentários, videos em geral, e vou observando-me para me auto-conhecer. A cada dia sinto menos atração por estas produções, e vejo menos, pois não estão me acrescentando. Mas não adianta eu reprimir por achar que é ruim, sem compreender, por isto eu assisto e estou parando porque está perdendo o sentido, e não por reprimir-me. Vou buscando apenas o que me acrescenta e usando as mídias para me manter informado.
No próximo capítulo vou associar as fantasias ao tema deste livro, os ciúmes.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência", juntamente com os outros que foram escritos na sequência.
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