domingo, 22 de dezembro de 2019

O sofrimento necessário (Felicidade) - cap.28

PERFUME

Por onde esteve o amor há um rastro de perfume, segui-lo me leva de encontro a uma flor!

"Ele" é inconcebível de tão maravilhoso, imensurável de tão puro e de uma luz sem igual. Aquece sem queimar, ilumina sem ofuscar, e na mais nobre majestade, se faz humildemente servil, materializando-se em delicadas pétalas para encantar com simplicidade.

Depois seu corpo rosa se desfaz e volta à terra, me ensinando o desapego, e em seguida volta a brotar em nova vida me ensinando a imortalidade da alma, retornando de flor em flor nos jardins da existência.

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Um criança necessita entrar em contato com os vírus para que o seu sistema imunológico crie resistências e se torne preparada para a vida. Se ela for criada em uma redoma de vidro será um SER frágil, sem defesas imunológicas, despreparado para viver.

Quando me programo para visitar um hospital eu não o faço por prazer, pelo contrário, vou a contra gosto. Não sinto prazer entrando nos hospitais, mas o faço de forma carinhosa e gentil, eu necessito ser resistente, preciso ter força para fazer o que gosto e também para fazer o necessário que não me dá prazer.

Exercito o desenvolvimento da minha força de vontade realizando pequenas tarefas que não me dão prazer, mas que são necessárias. 

Eu gosto de cuidar da saúde e fazer exercícios físicos, mas alguns não me dão prazer, como o caso da musculação, mas eu necessito e faço.

Cuidar da parte administrativa do meu curso de música não é uma atividade que me dá prazer, mas eu me forço a manter tudo em ordem, porque é necessário.

Limpar e organizar a casa é algo que me dá prazer, mas se não desse eu com certeza faria assim mesmo, porque é uma ação necessária.

As vezes eu adoeço e sinto dores, sofrimentos... São momentos desagradáveis, mas eu sei que preciso ser forte para suportar, necessito ser resistente. A vida é dual e por isto ninguém está livre dos prazeres e dos desprazeres. Eu não vou viver correndo atrás da felicidade e fugindo do desprazer, seria agir como um cachorro que corre atrás do próprio rabo, não vai alcançar nunca! Alegrias e tristezas fazem parte da vida, prefiro aprender a conviver com a realidade.

Se eu pudesse entrar em um paraíso, ficar em uma rede, bebendo água de coco, sem doenças, uma eternidade de felicidade... Eu acho que este paraíso só seria bom na primeira semana, depois iria se tornar o meu inferno! Eu preciso da necessidade da superação, necessito dos sofrimentos que me educam, necessito sentir a necessidade de desvendar os mistérios da vida, isto me move.

Se eu tiver condições de eliminar todos os meus egos e despertar cem por cento da minha consciência, será muito bom poder viver uma férias em alguma dimensão superior, descansar. Mas, depois do descanso eu acho que vou sentir a vontade de ir para um planeta onde eu tenha mais a aprender, onde eu tenha que enfrentar novos desafios, diferentes dos desafios daqui.
Eliminando os egos as competições vão perdendo o sentido, as vaidades fúteis vão perdendo o sentido, a necessidade de poder, etc, etc, etc. Nesta condição um SER precisa ir para outro planeta, onde a população já superou isto de dinheiro, de guerras, etc. Onde os desafios são outros que eu não consigo imaginar.

No próximo capítulo vou escrever sobre o equilíbrio entre a felicidade e a infelicidade.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

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