sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Brincadeiras (Felicidade) - cap.19

SINOS

Por quem os sinos tocam?
Pela bela flor, que murchou em si, por temer a luz, e fugiu do Sol...

Por quem os sinos dobram?
Pela bela estrela, que fugiu de si, renegou-se brilho, se ausentou do Céu...

Porque os sinos choram?
Pela bela alma, que adormeceu, se perdeu de si, não amanheceu....

Porque lamenta o sino?
Porque é o amor, é a Mãe Natura!


Vendo a filha em flor, a murchar na noite, por temer o dia, dela fez estrela, pra na escuridão radiante SER! Mas a filha então se apagou na terra, e a Mãe-Amor a fez ser alma, para nela SER! Mas a filha então se perdeu no escuro...

Oh! Criatura, acorde!

Aquela que te ama está a badalar, sinos que te chamam para o despertar. Acorde para a luz, acorde para o amor, tua Mãe! 


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Uma criança de colo irradia pureza, alegria, harmonia. Ela não expressa a energia dos egos, não expressa orgulho, nem ciúmes, nem raiva, nem impaciência... Nela só se expressa o SER!

À medida que vai crescendo vai formando a personalidade e os seus egos começam a entrar no corpo.

Na presença de crianças somos estimulados a produzir a felicidade, ainda mais quando não temos pessoas adultas nos vigiando e ficamos à vontade pra brincar com elas.

Com animais também temos grandes oportunidades de ser criança, de produzir felicidade.

Quando duas pessoas estão enamoradas, namorando, também têm grandes oportunidades de produzir felicidade, de serem crianças, de se acariciarem com sorrisos, com abraços, com beijos, ser feliz por ser feliz!

Brincar é um santo remédio! Contar piadas, fazer cócegas, sorrir por sorrir... Aprender a produzir momentos de brincadeira na vida é aprender a manter por perto a felicidade.

Neste planeta criamos uma abundância de motivos para chorarmos, para produzirmos angústia, para ficarmos tristes... Mas precisamos preservar a alegria.

A convivência em família pode prejudicar o amor entre as pessoas. Convivendo diariamente nós entramos em contato com os defeitos uns dos outros, os nossos egos vivem se chocando, e surgem críticas, agressões verbais, brigas por picuinhas, etc. 
Brigamos com uma pessoa amiga e nos damos o luxo de ficar sem vê-la por uma semana, esquecemos, perdoamos, e tudo fica bem. Quando a briga é em casa, no dia seguinte nos vemos cara a cara, e no outro dia também, não dá tempo pra ferida cicatrizar...  Aí lembramos, ficamos com raiva, voltamos a brigar, tiramos a casca da ferida que mal começou a cicatrizar... Muitas famílias estão afundadas em mágoas, em um inferno que criaram pra si e se aprisionaram nele.
É um grande desafio viver em família, mas é possível, aos poucos, proteger o amor no relacionamento familiar.

Despertando a consciência vamos curando as nossas feridas, vamos aprendendo a viver em paz, a respeitar, a ouvir, a ceder, a pedir desculpas, a desculpar, a ser gentil. Sem desconstruir os egos isto não é possível.

Consciência, sensatez, diálogo, observação, reflexão, intuição, amor!

No próximo capítulo vou escrever sobre a felicidade na relação sexual.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

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