domingo, 22 de dezembro de 2019

Consciência da dor (Felicidade) - cap.27

CORPO DO AMOR

A disciplina consciente é o corpo do amor
Se ausente for, ele não nasceu 
Se pequena for, ele é uma criança
Se estiver em flor, ele é um Colibri: um anjo
Se estiver jardim, nele está o Céu!

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A consciência necessita da memória para se manifestar. Se a minha consciência não conseguir acessar a minha memória, não saberei quem eu sou, onde moro, o que estou fazendo na terra.

Um homem engraxava sapatos e vivia na pobreza. Certamente possuía o dom de ser feliz estudando, pois estudou muito e se tornou um juiz. Depois de alguns anos como juiz, provavelmente foi se esquecendo da pobreza. Hoje em dia, se ele sair nas ruas, tenho certeza que terá vergonha de engraxar um sapato, pois criou um auto-retrato psicológico como sendo uma pessoa da classe alta.

Quantos jogadores de futebol saíram da pobreza, se tornaram ricos e famosos, e se esqueceram da pobreza e dos pobres? Muitos! E se tornaram arrogantes, egoístas, vaidosos, etc, etc, etc.

Me educo para fazer trabalhos voluntários gratuitos com frequência, para não me esquecer do sofrimento humano. Faço campanhas para ajudar orfanatos, hospitais públicos, asilos, comunidades em vulnerabilidade social, etc. Quando eu parar de fazer estes trabalhos eu vou me esquecer destas realidades. Falar sobre o sofrimento humano é fácil, viver a realidade do sofrimento humano, presenciar, fazer contatos frequentes, isto é completamente diferente!
Eu visito hospitais públicos, entro nas enfermarias, atendo com a musicoterapia na ala de pediatria, pronto socorro, UTI, etc.

Todos os políticos deveriam ser obrigados a fazer um mínimo de trabalhos voluntários para diminuir o sofrimento humano, continuadamente, para desenvolverem a empatia, para desenvolverem a consciência do que passam muitas pessoas.

Enquanto eu estou em uma cômoda cadeira escrevendo este livro, muitas pessoas, neste mesmo instante, estão morrendo na guerra, estão passando fome, estão sendo escravizadas, etc, etc, etc... Eu faço questão de me educar para refletir sobre isto, com uma certa frequência. Isto faz com que eu produza dores em minha alma, e eu preciso destas dores. Eu determinei pra mim que tenho a minha parcela de compromisso com o bem das minhas filhas e filho, do meu corpo, da minha alma, da cidade onde moro, do meu país, e do planeta.

No próximo capítulo vou escrever sobre o amadurecimento da consciência.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

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