sábado, 3 de fevereiro de 2018

Jogos virtuais (A Consciência) - cap.214

Posso ver os sofrimentos como professores e a vida como uma escola. Quando aprendo com estes professores, os amo e reverencio, por terem auxiliado o meu crescimento.

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Há muito tempo que eu eliminei da minha vida os jogos eletrônicos e virtuais. Nestes jogos eu vivia alimentando a ansiedade, a competitividade, adormecendo a minha consciência e tirando muito pouco proveito, quando havia algo para se aproveitar.

Estou lutando há muitos anos para ter uma mente tranquila, por isto tirei de mim os vícios em jogos que faziam a minha consciência ficar adormecida e aceleravam a minha mente, fazendo-a se tornar um turbilhão de tagarelices mentais.

Quando estou em um ônibus procuro exercitar a atenção, a concentração, o estar relaxado, em estado reflexivo e sereno. Este é um jogo fantástico! Me observar, me conhecer, descobrir meus egos, eliminar estes vícios e despertar as virtudes da alma e viver o momento presente, atento ao que está a minha volta. Se estou em uma fila, seja qual for, também brinco com este mesmo jogo!

Hoje em dia eu acho saudável os jogos coletivos que são instrumentos para reuniões entre amigos e familiares, momentos para alimentar o vínculo afetivo entre estas pessoas. De um modo geral estes jogos são competitivos e não vejo o que fazer neste sentido. Como mudar os hábitos de toda uma sociedade? Talvez um dia eu possa nascer em uma humanidade onde não existam jogos competitivos e sim brincadeiras onde não existam a competição, onde uns não tenham que vencer outros, jogos que trabalhem valores conscientes. Nestes momentos sociais eu brinco com os jogos, mas o foco aqui é outro, as amizades.

Se me convidarem para jogar baralho, boliche, ou até um jogo eletrônico onde exista uma participação coletiva, procuro não ser fanático. Quando participo destas diversões fico atento a mim mesmo para eliminar meus egos e brincar sem desejar vitória, jogar apenas pela companhia, pela descontração, pelos momentos de confraternização. A maioria das pessoas do meu convívio demonstram não saber sobre o trabalho para o despertar da consciência, nestes momentos de diversão muitos apelam, discutem, lutam para vencer, são competitivos, etc. Isto é o normal dentro deste mundo louco que criamos! Eu não tenho nada haver com estes comportamentos e não vou ficar falando nada para ninguém, cada um vive de acordo com seus valores.

Cada coisa em seu lugar, um lugar para cada coisa. Momento de diversão é diversão, momento de trabalhar é para trabalhar, momento de descansar é para descansar, momento de lidar com a espiritualidade é um momento específico. Trato da espiritualidade nos livros que escrevo, em momentos adequados, ou nas conferências que dou, ou nos cursos de auto-conhecimento. Fora destes ambientes, raramente falo destes assuntos.

Poderia me estender muito falando deste assunto, mas meu objetivo é apenas sugerir que reflitamos a respeito e que cada um de nós descubramos as tantas inconsciências por trás dos jogos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

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