sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Submissão nas conversas ( Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor ) cap.85

A doença me educa para a saúde, o mau me educa para o bem, a prisão me educa para a liberdade, a inconsciência me educa para o consciência. A dualidade é amiga!

As brigas me educaram para buscar a harmonia.

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É muito comum o "desejo" de sermos o centro das atenções, egoísmo. Por esta tendência muitos se esforçam por dominar os diálogos, e quando os demais vão se expressar estes dominadores os cortam.

Em minha natureza, desde criança, o ego da competição é fraco e principalmente durante os diálogos. Não disputo atenção, não forço a barra. Quando uma pessoa não me ouve, facilmente consegue se sobrepor e apenas falar sem me permitir falar. Na adolescência isto me machucou bastante, pela inconsciência me sentia inferior; este sofrimento foi diminuindo ao longo dos anos, mas me acompanhou por muito tempo. Somente a partir de 2012 pude iniciar um processo de despertar da consciência e eliminar estas ignorâncias de mim, estes sofrimentos acabaram.

Continuo não disputando atenções, mas não me preocupo quando uma pessoa demonstra ter necessidade de falar e não consegue ouvir, não faço questão, ela apenas perde um amigo e passa a ter uma companhia. Continuo respeitando, sou gentil, mas não tenho o que fazer, não vou procurar pessoas assim, não há crescimento, não há interação, são relacionamentos sem adubo, terreno estéril. Não as culpo, se um dia houver abertura falo, do contrário sigo minha vida.

Não tenho necessidades de ter atenção, sinto-me muito feliz nos relacionamentos onde exercito a arte de falar e ouvir, são muito bonitos. Sempre haverão pessoas com as quais terei afinidades e respeito mútuo, não me preocupo com as demais. Sou irmão de todos, mas amizade não posso ter com todos, isto é normal e compreensivo.

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Todos os seres tem sua sabedoria, sufocá-los, não ouvi-los, é uma agressão, tirar-lhes sua liberdade, um desamor. Sejam crianças, adultos ou anciões. Não importa o valor do que dizem, têm o direito de dizer, se não tenho afinidades com seus pensamentos poderei não alimentar uma amizade, mas quando nos encontrarmos terei a oportunidade de exercitar a tolerância, a resignação, a paciência, o respeito ao livre arbítrio, ou seja, "Respeito".

Antes pensava que as pessoas não me ouviam porque minhas conversas não tinham valor, sofri com isto, mas foi bom, deste sofrimento surgiu um grande aprendizado!

Quando as pessoas se respeitam e tem afinidades entre si, os assuntos não são tão relevantes, podem falar de arroz, de batata frita, de peixe, de abobrinhas, de besteira! Rsrsrsrsrs Em alguns momentos os assuntos são sérios, em outros são besteirol! 

Por vezes os diálogos tem equilíbrio, falamos e ouvimos equilibradamente, por vezes um está mais para ouvir, ou mais para falar, por vezes os dois silenciam, depende da circunstância, mas quando há amor entre estes seres, não há desrespeito, um não sufoca o outro.

Sei que muitas pessoas são humilhadas, seus Seres são colocados em posição de submissão por outros, por conta de não serem ouvidas... Em seus lares, em suas famílias, em seus círculos de amizade, no trabalho, etc.

Sugiro profundas reflexões sobre a importância de aprender a ouvir, de eliminarmos os egos da vaidade, o pavão que gosta de ser o centro das atenções.

No próximo capítulo farei reflexões sobre "hierarquias".

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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