domingo, 20 de novembro de 2016

Os ressentimentos e a vingança ( Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor ) cap.92

A flexibilidade da consciência se expande a cada instante quando retiro de mim a rigidez-ego, comportamentos condicionados.

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Quando alguém me maltratou e produziu uma emoção ruim no meu interior eu fiquei triste. Após o incidente lembrei-me do acontecido e voltei a sentir a emoção, ressenti. Viver, reviver, sentir, ressentir, voltar a sentir.

Cada vez que me lembro e ressinto, fortaleço esta energia do ressentimento.

Dos ressentimentos nascem os egos da vingança, desejo de fazer o outro sofrer da mesma forma que ele me fez. Quando me vingo o meu ego fica satisfeito e o outro passa a ficar ressentido, desejando se vingar... Aí ele vem e se vinga e eu fico ressentido... Não tem fim, sabemos disto. 

Não importa quem atirou a primeira pedra o importante é se libertar deste círculo de destruição.

Nosso centro emocional está super treinado para ser ressentido e vingativo. Nosso time perde e ficamos remoendo até o dia da revanche; os filmes com seus enredos e efeitos especiais despertam em nós as emoções do ressentimento e ficamos torcendo para que o mocinho alcance o bandido e o agrida (o coração acelera, ficamos ansiosos...); nas novelas, desenhos, etc; alguém tira vantagem sobre nós e esperamos uma oportunidade e diminuímos esta pessoa de alguma forma; etc. Vivemos cheios de competições por todos os lados e os vencedores vivem exibindo suas vitórias e produzindo ciúmes, inveja, ressentimentos nos perdedores e desejo de revanche, vingança. 

Brasil contra Argentina, um Estado contra o outro, uma cultura contra a outra, partidos políticos rivais, esquerda e direita, etc.

Os relacionamentos estão cheios de ressentimentos, mulher e marido, irmãos, amigos, parentes, etc. Com muita frequência vemos um fazendo piada com o outro, usando expressões negativas para atacar, etc. As pessoas que convivemos no mesmo lar comumente criamos muitas picuinhas, besteiras e vivemos brigando por estas besteiras, uns atacando os outros. Normalmente vivemos buscando o ponto fraco do outro para atacá-lo, criticá-lo, etc.

Todos estes comportamentos são mecânicos, robóticos, o ego é mecânico. Até quando vamos ficar agindo assim? Seres tão hábeis em produzir discórdias? Fazendo pequenas e grandes guerras?

No próximo capítulo continuarei com estas reflexões.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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