Cada gota que acorda, nova fonte do saber.
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Analisar palavras em um texto é uma tarefa que requer muita atenção, muita reflexão; analisar os pensamentos é uma tarefa que requer muitas vezes mais energia, pois os pensamentos são de matéria mental, abstratos, flutuantes, não os podemos deixar fixos para olhar para eles. Para analisarmos as emoções o trabalho é ainda muitas vezes mais exigente, pois são de uma energia que foge ao raciocínio, embora possamos chegar a analisá-las se encontrarmos suas ligações com os pensamentos e movimentos.
Eu me educo para viver o significado das palavras que escrevo, viver o significado das palavras que eu falo, viver o significado nas letras das músicas que canto. Este é um exercício de estar presente, de forma reflexiva. Este é um exercício para estar reflexivo de instante a instante, ao invés de estar com a mente solta, voando para o passado ou para o futuro, e ausente de mim, distante do SER que sou.
Se eu escrevo sem refletir com profundidade sobre o sentido do que estou escrevendo, se eu falo sem ter uma atenção sobre o efeito das minhas palavras, se eu canto sem prestar atenção ao significado das letras que estou cantando, desta forma estou me educando para ser inconsciente!
Eu busco o despertar da consciência, portanto, busco me educar para ser consciente a cada instante.
Vivendo o sentido do que escrevo, do que falo, do que canto, do que faço, eu vou parando de escrever palavras com energias destrutivas, vou parando de usar o verbo para produzir palavras destrutivas, vou parando de cantar canções com significados destrutivos, vou retirando de mim os comportamentos doentios. Esta é uma disciplina que uso para enfraquecer e desconstruir meus egos, e para despertar a consciência.
Em se tratando de canções, muitas vezes eu canto canções com significados inconscientes para levar alegria para algumas pessoas, para preservar amizades, para me socializar, para animar momentos festivos. Mas, mesmo assim, eu fico em estado reflexivo sobre o que estou fazendo, mantendo-me consciente do ato. Quando estou sozinho ou quando estou fazendo um evento com minhas músicas autorais, aí eu só trabalho com energias que elevem o SER que sou.
As vezes eu estou em um hospital, atendendo com a musicoterapia, e uma pessoa enferma me pede pra cantar uma canção com energias de paixão, com sentimentalismos, etc. Se não for uma letra muito baixa, eu me permito cantar para ajudar esta pessoa, para alegrá-la. Mas músicas muito vulgares, racistas, homofóbicas, preconceituosas, violentas, fanáticas, eu as evito em qualquer situação.
Eu busco o despertar da consciência, mas preciso eliminar os egos dos fanatismos. Tenho que tomar cuidado com os extremos desnecessários.
No próximo capítulo vou escrever sobre o ouro da consciência.
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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