A paciência é a virtude da espera.
Quando ensinamos alguém, é importante a reflexão de que esta pessoa tem o seu tempo para aprender. Poderá aprender rapidamente ou poderá necessitar de muito apoio e muitos exercícios.
Ensinar é com a pessoa que ensina, aprender é com a pessoa que aprende.
Se a pessoa que ensina tiver o "desejo" que a(o) aluna(o) aprenda, vai gerar em si a expectativa e a ansiedade. Aqui está o ego da impaciência.
A impaciência é ignorância, não sabe esperar, fica com raiva, agride com posturas e com palavras. Quanto mais bruta é a impaciência, mais traumatiza a(o) aluna(o), e desta forma a distancia do aprendizado!
Onde está a inteligência de traumatizar uma pessoa que precisa de auxílio?
Vou dar aula e exercito o "não desejar" que a(o) aluna(o) aprenda. O meu papel é apenas ensinar e posso fazê-lo com tranquilidade. Se terminar a aula eu me despeço com educação e na aula seguinte me posiciono com tranquilidade. Se a pessoa errar mil vezes, estou disposto a ensiná-la mil vezes. Uma hora ela aprende, ou não, o aprender não é comigo. O que me cabe, como professor, é a habilidade de ensinar de forma gentil, respeitosa, paciente, com humanidade.
Se nos auto-observamos e refletimos sobre as nossas atitudes mentais, emocionais e físicas, descobrimos a falta de sentido dos nossos egos. Facilmente percebemos nossos comportamentos condicionados, mecânicos e temos a oportunidade de, aos poucos, irmos enfraquecendo os desejos de ficar com raiva, os desejos de ser arrogante por conta das dificuldades de quem aprende.
No próximo capítulo vou escrever sobre a paciência de um modo geral.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário