sexta-feira, 17 de abril de 2020

Perspectivas (Deus) cap.17

O amor não tem sabor, não provoca desejos, deliciosamente puro, deliciosamente flor!

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Um átomo, dentro do nosso corpo, é tão pequeno que não tem condições de ver a forma do nosso corpo. Para ele o nosso corpo é um universo com várias galáxias! Moléculas, células, órgãos, sistemas, etc. Um átomo não tem condições de ver a forma do nosso corpo, pois o nosso tamanho é infinito para ele! 

Nós, seres humanos, somos tão pequenos quanto um átomo, diante do universo; como saberemos se este universo é o corpo de um SER infinitamente grande? 

Alguns seres microscópicos nascem, se desenvolvem e morrem em apenas uma ou duas horas de vida. Em um único dia da vida de um ser humano um microorganismo destes reencarna vinte e quatro vezes! Caso a reencarnação seja real.

Um mosquito nasce, se desenvolve, procria e morre em um dia. Um ser humano vive oitenta anos. Como este mosquito vai compreender o ser humano? 

Oitenta anos de um ser humano talvez seja uma fração de segundo da vida do planeta terra. Toda a história da nossa humanidade talvez seja apenas um sopro da vida do planeta terra. Como vamos compreender o planeta terra? Várias raças humanas nasceram e morreram e o planeta terra ainda está aqui!

Cientistas observam as galáxias e criam teorias de que ela está se expandindo, ao compararem fotos de satélites de diferentes épocas. Mas, e se a galáxia for uma célula de um órgão gigantesco, e este órgão estiver vivendo um instante de uma respiração? Antes que este instante acabe vão se passar milênios da existência humana, e a nossa raça vai se destruir... E os seres humanos não irão conseguir observar o momento inverso da respiração da galáxia, quando ela se contrai. E se observássemos apenas o momento da contração, diríamos que o universo está sendo absorvido por um buraco negro? 

Como podemos deduzir algo sobre as galáxias se milênios da história da nossa humanidade são equivalentes a uma fração de milésimos de um segundo da vida de uma galáxia?

Talvez a Lua seja um planeta morto, em decomposição, mas toda a nossa humanidade, em dois mil anos, só consegue ver um segundo desta decomposição! Como entender o processo? Talvez um segundo da decomposição da Lua tenha começado há dois mil anos atrás e só agora a Lua esteja entrando no segundo seguinte da sua decomposição.

Nós, o planeta, o sistema solar, a galáxia, o nosso universo, o conjunto de universos... Diante deste conjunto nós somos tão pequenos que nem existimos!

Quando falamos de Deus, de que Deus estamos falando? O Deus que é o nosso SER interior? O deus regente do planeta? O deus regente do Sistema Solar?  O Deus regente da Galáxia? O Deus do nosso universo mais próximo? 

Compreendo que nós demonstramos uma grande incapacidade de sequer chegar perto da compreensão do divino dentro de nós mesmos, quanto mais do regente do planeta, quanto mais ainda da galáxia, etc. Como podemos falar de um Deus de tudo o que existe? 

No próximo capítulo vou escrever sobre as prováveis perspectivas do Deus no interior de cada ser humano.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

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