sexta-feira, 10 de abril de 2020

No restaurante (Deus) cap.09

Navegar, o vento à face, o vento ao mar... Junto as vagas o horizonte a boiar e o mar num doce balance...

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Para chegar no restaurante eu levava uns vinte minutos caminhando, atravessando ruas, aguardando os sinais de trânsito. Para alguém programar uma surpresa pra mim, lá no restaurante, este alguém deveria ter muita maestria pra calcular a distância, a minha velocidade, os momentos que eu tive que aguardar os carros passarem, etc, pra programar a surpresa para o momento exato em que eu chegaria.

Chegando no restaurante eu peguei o meu prato e fui me servir. Quando fui começar a me servir eu me lembro que uma força invisível me tocou fazendo com que eu voltasse a minha atenção para uma música instrumental que estava tocando no restaurante.

Já tinha feito várias refeições naquele restaurante, sabia que eles sempre deixavam músicas instrumentais tocando, normalmente eruditas. Mas nunca tinha parado pra dar atenção especial para as músicas.

Eu sabia que aquela força era o meu Deus interno, era como se ele colocasse a mão no meu rosto e o voltasse na direção da música, tipo um pai virando o rosto do filho e dizendo, "olhe", só que no meu caso era "ouça"!

Voltei a atenção pra música e escutei aquela clássica: "Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus... Não pare, segue adiante, nem olhe para trás... Segura na mão de Deus e vai!".

Instantaneamente eu relacionei a mensagem com o trabalho que estava sendo a minha tarefa, a musicalização infantil. Mentalmente eu respondi: "Tudo bem, Pai, eu vou seguir em frente, vou realizar o trabalho para as crianças!".

A experiência mágica me deu força, alimentou o fogo da minha fé, e me fez sentir que o meu "amigo" estava ali, do meu lado, seguindo comigo. Foi uma energia muito bonita me envolvendo... Primeiro as compras não chegaram, depois a voz me dizendo que queria que eu fosse para o restaurante, depois me fez ouvir aquela música. Se eu chegasse dois minutos depois não teria ouvido aquela música, mas aquela força sabia calcular cada fração de segundo até que eu chegasse no lugar certo, no instante certo!

Sincronicidades... As compras atrasaram pra eu sair, saindo, a voz falou comigo, chegando lá me mostrou uma mensagem em uma música...

Mas ainda não acabou, neste mesmo restaurante, neste mesmo momento, aconteceu outra magia que fez com que o conjunto se tornasse ainda mais belo e impactante. Voltarei amanhã pra continuar com os relatos.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência", juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

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