sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Sobre a santidade ( Orações 2 ) - cap.38

Descobri em mim a porta, o amor... Agora eu preciso despertar em mim a chave, o amor!

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Obs.: o amor é a consciência
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Quando iniciei o caminho do auto-conhecimento eu fui condicionado, inconscientemente, a ter como meta ser um "Santo", um "Mestre", um "Gurú", um "Iniciado", etc. Fiquei com este propósito por muitos anos. O propósito principal se tornou o despertar da consciência, com outras palavras, entrar nos céus, dimensões superiores, e os demais propósitos (santidade, títulos) ficaram disfarçados, mas presentes.

Acho importante escrever que estes termos já não me servem. Respeito quem os use. Não estou atrás de ter nenhum título, de ser tratado como um santo, anjo, querubim, mestre, etc. Também não estou atrás de conquistar estes títulos. Também não estou atrás de ir para o  céu ou de fugir do inferno.

O céu é a consciência, harmonia, paz, liberdade interior, etc. O inferno é a inconsciência, os egos, as preocupações, os apegos, os ciúmes, a raiva, o orgulho, o medo, a arrogância, etc. Se existem outros aspectos dos céus ou infernos, em outras dimensões, isto cada pessoa tem que comprovar por si, caso sinta vontade de fazê-lo. 

Inevitavelmente os seres estamos com níveis de consciência diferentes, uns acima, outros abaixo. E sempre podemos nos ajudar, uns aos outros. Quem ajuda acaba se colocando na posição de professor(a). Mas eu não vejo a necessidade de usar estes títulos nas formas de tratamento.

Os títulos distanciam as pessoas umas das outras, criam uma fantasia sobre a posição de superior e inferior. Ao meu ver isto é prejudicial para os dois lados, para quem ensina (vaidade, fantasia de superioridade) e para quem aprende (tendência a gerar a energia da submissão, de inferior). Para as pessoas que aprendem música comigo, seja qual for a idade, peço que me chamem apenas de Ulisses, de você, de amigo. As pessoas amigas entre si se aproximam mais, se sentem mais à vontade para serem como são!

Não uso nenhuma roupa especial para dar uma conferência, nem terno e gravata, nem uma túnica, nem qualquer outra roupa especial. Eu uso roupas comuns, calças, camisetas, tênis, sandálias de couro, ou sapatos, ou bermuda.

A única vestimenta especial com a qual eu tenho vontade de revestir a minha alma se chama "consciência"!

Se as pessoas sentem a necessidade destas roupas especiais, destes títulos, eu não tenho nada com isto. Cada um vive de acordo com seu nível de consciência.

No próximo capítulo vou escrever sobre a divindade nos seres.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

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