sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A dualidade (A tolerância, a resignação e o respeito ao livre arbítrio) - cap.01

No canteiro da noite a lua é a flor que perfuma o olhar!

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Conforme escrevi no capítulo anterior, temos a tendência de "desejar" que tudo se desenvolva de forma agradável em nossas vidas e a tendência de "combater", se "revoltar" com tudo o que se desenvolva de forma desagradável.

A dualidade é uma das leis da natureza.

Alto e baixo, seca e chuva, Sol e Lua, doce a amargo, prazer e desprazer, etc.

Da vida se desdobra o movimento, do movimento se desdobram o tempo, a dualidade e os ciclos. Sem o movimento não há a vida, não há o tempo, não há a dualidade e os ciclos.

Viver desejando o prazer e fugindo do desprazer é se educar pra ser como cachorro correndo atrás do rabo, falta de inteligência, um comportamento que não nos leva a lugar algum! Não há como evitar o prazer e o desprazer, a dualidade faz parte da vida, ou pra ser mais preciso, se desdobra da própria vida! Fugir do desprazer é fugir da vida, não tem como.

Há um caminho possível, se educar para viver o equilíbrio, a consciência, não ir para os extremos. Viver a alegria, mas não produzir o extremo da euforia; viver o desprazer de forma serena, mas não ir para o extremo da depressão, da angústia intensa.

Compreendendo que não temos como evitar a dualidade. É importante o despertar da consciência para que ela se desenvolva de forma harmoniosa nos momentos de prazer ou desprazer.

Aprendendo a SUPORTAR serenamente os desprazeres da vida mantemos o equilíbrio conduzindo os nossos atos de acordo com o BOM SENSO.

Olhando para a história da humanidade vemos as alegrias e tristezas, os momentos de ternura e os momentos de terror, as guerras e os acordos de paz. Temos vivido nos extremos do prazer e do desprazer, das paixões e dos ódios, as competições... O caminho do equilíbrio, do amor, da consciência, tem sido raro, para poucos seres.

Estas reflexões são muito importantes na desconstrução dos egos da impaciência, da intolerância, da revolta, do desrespeito ao livre arbítrio. O universo não existe pra se adequar aos nossos desejos! Temos que aprender a respeitar, a tolerar, a ser pacientes, a ser resignados, aprender a SUPORTAR serenamente o que não nos agrade, para mantermos o equilíbrio e mudarmos o que for possível ser mudado, e não aumentarmos o sofrimento que não tem solução. Consciência, inteligência!

Amanhã eu voltarei a escrever. 

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que foram escritos na sequência.

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