domingo, 23 de outubro de 2016

Ordem ( Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor ) cap.56

"O Incêndio e o Beija-Flor" - parte 1

Dia após dia, cada prato de arroz, desde que nasci eu já comi uma montanha; grão a grão o papo da galinha já comeu todo um milharal desde o dia em que nasceu...


Todo lixo que eu já joguei pela calçada fizeram da linda mãe natura um lixão, como pode um filho jogar lixo em sua amada? Vai matar a mãe da vida e depois morrer de fome!

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Realizar as tarefas pela ordem de prioridade é uma questão de bom senso, consciência. Estabelecer a ordem em nossas vidas é um exercício para nos tornarmos conscientes.

Vivo a energia da ordem da forma o mais simples possível.

Quando vou lavar a louça primeiramente eu sigo uma ordem, por vezes lavo primeiro os copos, depois todos os talheres, quando o escorredor de louça fica cheio eu seco e guardo para liberar espaço para colocar mais louça nele. Depois sigo lavando somente os pratos, depois os utensílios de plástico, etc. Ordem e prioridade. Cada dia a pia tem uma configuração diferente, a ordem pode mudar, mas sempre uso alguma ordem, de acordo com o momento.

Preparar o lanche, lanchar, escovar os dentes, lavar, secar, guardar. 

Pegar a toalha, tomar banho, secar e organizar o banheiro, estender a toalha, colocar a roupa suja no cesto de roupa suja.

Arrumar meu material, ir para a aula, arrumar a sala de aula, dar a aula, ao terminar arrumar a sala e deixá-la em ordem, etc.

Tenho uma apostila por mês com algumas músicas que sigo no período, fora estas músicas fico livre e permito que a criatividade e a intuição participem das minhas aulas e desta forma as aulas se tornam inesperadas, muitas novidades sempre acontecem, brotando espontaneamente do meu interior.

Estabelecer a ordem é algo bem simples de se fazer e cuido para temperar as ações, preservando espaço para a criatividade, a intuição e assim tudo se torna divertido, pois a ordem se renova e se aprimora de forma mágica. A cada dia percebo novas perspectivas no ato de ordenar.

Não tenho opção, ou ordeno ou a desordem se estabelece na minha vida!

Mais uma vez faço questão de frisar que a própria consciência se protege das mesmices, dos fanatismos, extremismos. Se percebo que uma ação está se tornando automática, vício, recheio esta atividade com a consciência.

Uma atividade se torna mecânica quando não a realizo de forma consciente, reflexiva, presente. Posso dar bom dia um milhão de vezes e em todas elas viver momentos únicos, estando presente, reflexivamente, consciente. A mecanicidade não está na repetição, mas na ausência da consciência. 

E além de cuidar para não agir mecanicamente, para não cair no hábito, ego, do perfeccionismo, realizo as ações sem desejar resultados, apenas porque é o consciente a se fazer. Quando algo não dá certo, e isto acontece de vez em quando, exercito a tolerância e sigo em paz por ter feito o que estava ao meu alcance.

No próximo capítulo falo sobre os reflexos internos destas disciplinas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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