O sentimento do ego prende o possuidor a sua posse, o amor liberta a alma ao doar de si!
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Quando convivo por muito tempo com alguém, se a convivência me fizer bem, provavelmente terei a tendência de criar vínculos afetivos; se a convivência me fizer mal, provavelmente terei a tendência de desenvolver emoções negativas na relação, aversão, desejo de me livrar do sofrimento. De toda forma são vínculos afetivos, com emoções boas ou ruins. Havendo a consciência ela pode manter-se em harmonia, não se movendo em extremos.
Algumas crianças são abandonadas por seus pais, na infância. Crescem, entram em uma nova família e desenvolvem laços afetivos com os pais adotivos. Estas crianças podem até entrar em contato com os pais biológicos, sabendo ou não sabendo disto, mas não terão laços afetivos com eles, a não ser que construam estes laços. Ao se encontrarem com os pais biológicos, estes serão simples estranhos.
Os laços afetivos dependem do tipo de relação e do tempo de convivência. Estes laços são feitos de energia, se alimentados crescem, se não alimentados enfraquecem e morrem. Os laços afetivos não são propriedades da "família", são consequências das relações que temos com os seres. Podemos ter laços afetivos com uma região, com uma casa, com uma árvore, com um animal, com outros seres humanos, etc.
Quando adotei uma cachorrinha, aos poucos desenvolvi um laço afetivo com ela. Me divorciei e afastei-me dela, depois de um tempo a mãe dos meus filhos se mudou para um apartamento e a cachorrinha foi morar com outra família. Já faz anos que não tenho contato com ela, mas já tive oportunidade de visitá-la duas vezes. A energia afetiva que tinha por ela deixou de ser alimentada e enfraqueceu, mas ela se lembra de mim e quando nos encontramos, tivemos momentos de carinho juntos.
Leitoras, leitores, tenho vontade de escrever e estou me esforçando, mas meu corpo não está bem... Hoje trabalhei o dia todo e realizei um evento de final de ano com os meus alunos, foi bem puxado, cheguei em casa faz pouco tempo.
Fico um pouco triste de não estar conseguindo escrever, pois tenho muito a falar sobre este assunto, mas a prioridade está sendo o meu corpo.
Volto a escrever amanhã e vou tratar dos apegos, ciúmes, etc.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
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