sábado, 2 de dezembro de 2017

Militares e civis (Consciência Social - Brasil 2017) - capítulo 7

O silêncio reflexivo é o voo da essência livre no horizonte da luz da consciência!

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Há meses atrás fui abordado por um militar e fui vítima de abuso de poder por parte dele. Depois do incidente, ao dirigir um automóvel pela cidade, nos momentos em que surgia uma viatura da polícia, percebi o surgimento de um ego da insegurança, medo, pânico. Este ego estava nascendo em mim.

Em outras épocas eu facilmente seria envolvido por este ego e iria criar um trauma que poderia seguir comigo pelo resto da minha vida. Minha consciência se esforçou para se proteger e outro ego surgiu, um ego prepotente, revoltado. Este outro ego começou a ver os policiais como ignorantes e passou a humilhar mentalmente os militares. Fui para o outro extremo, ao ver um militar passei a desprezá-lo internamente ao invés de temê-lo.

Meu barco parecia estar em um mar revolto e a consciência se esforçando para segurar o leme!

Hoje estou mais tranquilo, mas necessito estar em atenção toda vez que vejo um militar, para refletir que é apenas um ser humano, talvez seja virtuoso, talvez seja cheio de defeitos, apenas um ser humano.

Quantas pessoas estão traumatizadas por terem sido maltratadas por policiais? Mas, independente disto, é certo generalizarmos? Todos os policiais abusam do poder?

Na minha percepção vejo um tendência de surgir uma energia colocando os civis contra os militares e vice versa... Isto me parece muito perigoso. Da mesma forma que muitos civis talvez estejam traumatizados com os militares, muitos militares talvez estejam traumatizados com a imagem negativa que muitos civis colocam sobre eles. E no fundo somos todos seres humanos, uns lutando contra os outros, nos auto-destruindo.

Acho que precisamos de muitas reflexões para nos ajudarmos a frear egos hostis, reflexões para mudança de postura nos civis e nos militares, assim o compreendo.

Talvez vivamos uma situação onde a intervenção militar se torne uma necessidade urgente, se é que já não está acontecendo, e nestes momentos talvez os militares estejam com o orgulho ferido pelas criticas que recebem pelas redes sociais e não atuem como uma forma de vingança por estarem sendo desmoralizados nas redes sociais. Por outro lado, talvez os civis precisem aceitar que precisem dos militares mas o orgulho ferido talvez não permita... Na minha percepção os civis e militares já estão traumatizados uns contra os outros e estes traumas já estão influenciando as atitudes de ambos.

No próximo capítulo vou fazer reflexões sobre a perspectiva do militar.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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