O amanhã em flor
É a semente presente
Adormecer no instante
É no amanhã ser ausente
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No ano passado eu estava dando aulas em uma escola e fiz amizade com uma professora. Depois de uns meses ela veio conversar comigo e disse que comentou com o filho sobre as aulas de violão que eu estava dando na escola. Me descrevendo para o filho, ele reconheceu que eu era o professor que havia dado aula para ele há mais de dez anos atrás.
O filho disse pra mãe que eu havia dito que ele tinha um potencial muito bom, algo mais ou menos assim.
Aquelas palavras, ditas para uma criança, ficaram guardadas até ele se tornar um adulto, e foram palavras protetoras, gerando uma energia construtora de alto estima!
Traumas são fantasmas que criamos e que ficam assombrando a nossa vida, nos limitando, nos fazendo sofrer. Gestos de amor estimulam que criemos anjos da guarda, energias que nos protegem, que nos motivam, que nos movem para as realizações. Também ficam vibrando dentro da gente, nos inspirando.
As vocações, dons, são preciosidades que precisamos garimpar nas experiências da vida, descobri-las. Depois de descobertas, as vocações precisam ser protegidas.
Sou a favor que as crianças vivam experiências saudáveis, para se descobrirem. Fazer uma aula experimental de judô, de pintura, de natação, de capoeira, de futebol, de volei, de xadrez, etc. Gradativamente, é claro, senão a criança pode ficar sufocada com tantas experiências. Quando elas se identificarem com alguma atividade, provavelmente ficarão por ali, pois terão descoberto uma fonte de prazer!
Muitas crianças e adultos não tem condições de viverem muitas experiências, pois a pobreza limita... Desta forma, muitas pessoas não tiveram oportunidades de descobrirem preciosidades que trazem no fundo da alma, dons, vocações. Enquanto há vida e saúde, há tempo. Tempo para dançar, tempo para desenhar, tempo para inventar, tempo para criar.
No próximo capítulo vou escrever sobre a resignação.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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