A expectativa não mora no ventre do amor, pois ela nasce do desejo, e todo querer aprisiona na ansiedade. O amor não sufoca, liberta! Seu leito é uma serena presença de paz.
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Eu criei uma ferramenta para a minha meditação, uma frase que me serve de apoio, uma estratégia que o SER que sou moldou de acordo com as minhas necessidades intimas.
"O SER que sou não é este corpo, não é os pensamentos, não é as emoções. Abro a porta do silêncio e mergulho em minha alma!"
Depois de repetir esta frase, mentalmente, por umas três vezes, eu simplesmente me coloco como um pescador na beira de um rio, metaforicamente falando. Fico atento para pescar qualquer pensamento que apareça, e quado surja eu o interrompo e fortaleço o meu poder sobre o SER que sou, enfraquecendo o poder dos meus egos.
Neste processo eu não me imagino em lugar algum, me desligo do meu corpo, me concentro na natureza da minha consciência.
Eu não "penso" em pescar pensamentos, pois a meditação é "não pensar", apenas atuo de forma consciente. Depois de proferir a frase, mentalmente, direciono a minha ação com a energia da consciência.
Durante a meditação eu vou vivendo o meu nível de liberdade interior, meu nível de felicidade íntima ao desfrutar da minha própria natureza divina. Isto é indescritível, cada um percebe em si, de acordo com a consciência que tenha.
Se a minha concentração enfraquecer eu repito a frase, mentalmente, e sigo com o meu propósito. A frase é um apoio, uma energia mental que me serve.
Durante a meditação é importante que o meu corpo entre no estado de sonolência. Havendo a concentração o meu corpo pode dormir e a minha consciência segue desperta enquanto o corpo dorme, atuando em outras dimensões. Mas se o corpo adormecer e eu não tiver concentração, entro em sonhos, esqueço da meditação e adormeço junto com o corpo.
No próximo capítulo vou escrever sobre a "Fé" no processo da meditação.
Ulisses Higino
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