sexta-feira, 16 de junho de 2017

Exercitando a lembrança do SER (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.279

Pra despertar o amor, cultivo um jardim no coração, quando estiver em flor serei a essência do amanhecer!

No olhar, perfume... Ao bailar, perfume... Na voz o tom jasmim, n'alma o SER em paz, feliz!

Alma que é jardineira floresce o amor em si!
Ser que é primavera se faz carinho em flor... Amor!

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Nos capítulos anteriores falei sobre algumas orações e ações amorosas no dia a dia, acho prudente fazer um complemento.

Vejo como fundamental o exercício de lembrar que minha natureza interior é um silêncio, perceber o silêncio em mim. Uso a mente para refletir, fazer analogias, usar a lógica, para interpretar as inspirações que me chegam pela intuição, mas buscando não esquecer de que sou o silêncio por trás, comandando.

Se eu me identificar com meus pensamentos estarei à mercê dos egos, vou acabar criando "manias" com as disciplinas que pratico, ao invés destas me ajudarem vão se tornar mais egos e piorar minha situação.

Meu processo para centrar-me no silêncio do SER foi muito lento e ainda tenho dificuldades, trabalho para não retroceder. Estou procurando dar atalhos para que as pessoas não tenham que levar tanto tempo como eu levei, para terem resultados.

Para desenvolver a percepção do silêncio em nosso interior eu sugiro práticas de meditação diárias. Toda vez que interrompemos um pensamento ou sentimento, podemos sentir nossa natureza por trás desta ação, nossa presença, um vazio que comanda. Deste vazio compreendo que brota a intuição, a sabedoria, as inspirações que transformam!

Também exercito a percepção do silêncio, a presença do SER que sou, nas atividades do dia a dia, lembrando-me com frequência de que eu não sou o pensamento, não sou o sentimento e não sou o corpo.

Ter que me comunicar por palavras enquanto falo do silêncio se torna um paradoxo... Preciso me comunicar usando o verbo e desta forma procuro estimular que busquemos nossa essência.

Eu não bloqueio meus pensamentos e emoções, os que surgem mecanicamente, os deixo para poder observá-los, analisar estes egos, buscar a compreensão para depois eliminar estes defeitos psicológicos. Trabalho para diferenciar os egos que surgem mecanicamente dos momentos onde eu controlo a mente e a uso para fazer reflexões, usando o verbo silencioso.

Você leitor(a) que me lê neste instante, peço que observe o silêncio que é, a presença do seu SER enquanto faz a leitura. Havendo a necessidade você usa da lógica e faz uma análise do que eu estou transmitindo, não havendo você segue silenciosamente interpretando estas palavras. Para ler você fala mentalmente e neste momento pode escutar a sua voz sendo criada com o poder da sua imaginação e você escuta esta sua voz imaginária. Mas, você é o silêncio por trás desta voz, o silêncio que comanda todo este processo, que imagina, que se concentra em cada palavra, que busca compreender o sentido no texto, etc.

Sugiro um exercício, mude o tom da voz imaginária, agora comece a ler com o tom da voz de uma criança, agora mude para o tom de voz de uma pessoa completamente rouca... Normalmente usamos o tom da nossa voz, um condicionamento, mas não somos o nosso tom de voz falada, nem pensada, ele é uma característica da nossa laringe.

No começo deste trabalho tudo se torna complicado, pois são muitos egos em nós, mas digo-lhes que se perseveramos podemos chegar ao resultado e este resultado é muito animador! Este é o caminho do despertar da consciência que eu conheço, assim eu o vivencio.

Sugiro releituras e reflexões sobre este texto, ele é muito importante. Voltarei a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência

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