O coração é a lamparina
O azeite é a fé
A chama é a vontade
O amor é a luz
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Em capítulos anteriores falei sobre a dualidade física e a dualidade psicológica. Vivemos o frio e o calor, o dia e a noite, a seca e a chuva, etc; destas experiências sentimos o prazer e o desprazer físico e criamos estados psicológicos de alegria e tristeza, ânimo e desânimo, etc.
Meu corpo físico vive momentos onde se encontra envolvido em energias vibrantes e momentos onde se encontra envolvido em energias de repouso, é um processo natural.
Como todas as pessoas tive muitos momentos de alegria e outros de tristeza, mas só de pouco tempo pra cá pude tomar consciência dos processos psicológicos envolvidos nestes estados.
Certa vez a tristeza me veio e minha consciência começou a investigá-la de uma forma que eu nunca havia feito antes, isto aconteceu intuitivamente. Observei os tipos de pensamentos que me ocorreram. Em seguida vivi um período de alegria e depois a tristeza voltou a me visitar. Nesta nova fase de tristeza observei que os mesmos egos da minha tristeza anterior estavam presentes, então comecei a eliminá-los.
Depois deste incidente já passei por várias fases de tristeza e fui limpando do meu interior os maus elementos, egos, que eu criei sobre a tristeza.
A tristeza em si é natural, sempre vem, mas os defeitos psicológicos que eu crio dentro da tristeza, estes não são naturais, são vícios, egos. Estes egos são mecânicos, sempre retornam e agem da mesma forma mecânica, com as mesmas tendências.
Foi um pouco doloroso pra mim trabalhar os egos que se manifestam na tristeza, porque eles eram fortes, eu os criei, estavam usando a minha força, e estavam acostumados a me deixar pra baixo, subjugavam minha consciência e a mantinha submissa... Aos poucos pude observá-los, compreendê-los, descobrir a falta de sentido neles e eliminá-los. O trabalho ainda não está completo, minha tristeza ainda não está completamente limpa, pura.
Hoje estou vivendo uma magia, sincronicidade, estou dentro de uma fase de tristeza enquanto estava programado para escrever sobre este estado de espírito. Meu corpo pede repouso, recolhimento, sinto a necessidade de me envolver na quietude. Tive a tendência de esquecer-me do trabalho que estou fazendo sobre a tristeza, mas retomei o rumo.
Neste dia estou triste, mas tranquilo, respeitando minha tristeza, sem colocar nela pensamentos negativos, sem colocar marginais dentro da minha tristeza. Está sendo bom observar os resultados de tanto trabalho que venho fazendo sobre meu interior.
Não estou falando da tristeza nas pessoas, estou dando testemunho de vida e este relato é a estratégia que ofereço como sugestão para as pessoas que sintam que podem se beneficiar destas mensagens.
No próximo capítulo continuarei sobre este tema.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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