sexta-feira, 12 de julho de 2019

Auto-observação psicológica (A morte do ego, livro 3) - cap.01

Preciso reciclar o meu lixo interior para que ele não contamine o mundo, usar o fogo da reflexão e transformar o ego em amor. Salvando a minha natureza eu deixo de destruir a nossa!

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Para me auto-observar eu preciso compreender que a consciência não é o pensamento, não é o sentimento e não é o corpo. Esta percepção se conquista aos poucos, com trabalho psicológico.

Posso usar a consciência e produzir pensamentos, ou emoções, ou movimentos, para cumprir com os meus objetivos na existência. Mas a liberdade para produzir pensamentos, emoções e atitudes conscientes está limitada ao meu nível de consciência livre.

Na maior parte do tempo os meus egos estão usando a minha mente, o meu centro emocional e o corpo físico, para satisfazerem seus desejos. Os egos criam pensamentos, emoções e atitudes de ciúmes, raiva, preguiça, orgulho, fobias, etc. Eles prejudicam a minha vida e a vida das pessoas ao redor.

A auto-observação é uma disciplina que consiste em dividir a minha consciência observando os meus pensamentos, sentimentos e atitudes, e a outra parte da consciência fica atenta ao mundo físico, e as minhas relações com este mundo exterior.

Auto-observar-se é voltar a atenção para si e observar os próprios pensamentos, emoções e atitudes enquanto se alimenta, caminha, trabalha, toma banho, conversa, etc. Observando a nós mesmos vamos descobrindo as nossas inconsciências, egos, defeitos psicológicos.

Não temos como eliminar os nossos egos e despertar a consciência se não conhecemos estes egos, e não temos como conhecer estas inconsciências se não as observamos. Primeiro observamos, identificamos os diferentes egos, refletimos sobre eles, os compreendemos, e se  conseguimos descobrir a sua falta de sentido teremos condições de eliminar estes defeitos psicológicos.

Quando observamos a nossa casa podemos descobrir os objetos fora de lugar, a poeira nos móveis, o que está faltando na dispensa, a sujeira, etc. Observando sabemos onde temos que melhorar. Para limparmos a nossa morada interior precisamos aprender a olhar pra ela, auto-observação. 

No próximo capítulo vou escrever sobre a divisão da atenção e sobre a identificação.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar

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