sexta-feira, 28 de junho de 2019

O sentido da existência (A morte do ego e o despertar da consciência) - cap.50

Um certo ancião passeava suas mãos ressequidas pela seda-pele, o rosto de uma criança a chorar... Sentia a pureza da rosa no jardim do mundo, o amor. E de sua face, carregada de eternidade, refletia-se a ternura do Rei dos Reis!

Ele, o "Ancião dos Dias", desde o altar da sua glória, consolando o seu anjo... Ela, seu filho pródigo, sofrendo suas dores sobre a terra...


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Complementando o cap.16 - Item "K" (O sentido da existência) 1

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A vida é um movimento contínuo, quando o movimento cessa é porque chegou a morte.

A vida, o movimento, caminham no sentido da morte, para voltar a nascer e voltar a morrer. O Sol nasce e se põe, a noite chega e se vai... As estações do ano nascem e morrem, pra nascerem de novo... Todos os seres vivos que conhecemos vivem dentro do ciclo de nascimento e morte.

Da vida nasce o movimento, do movimento nascem o tempo, os ciclos e a dualidade.

Provavelmente as nossas almas continuam após a morte dos nossos corpos, e voltam pra terra, em novos corpos que nascem dentro do movimento contínuo. E vão desfrutando de muitas experiências.

Durante o percurso, do nascimento até a morte, as várias experiências podem ser vividas como lições e transformadas em aprendizados, ou não. Estes aprendizados podem amadurecer a consciência humana. Alguns seres, usando do livre arbítrio, se comportam como alunos que não tem vontade de aprender, e continuam presos em ignorâncias.

Muitos seres ficam presos em fantasias sem valor que não levam a lugar algum, ou melhor, levam a destruição deles mesmos e de outros a sua volta. Vivem correndo atrás da fama, do dinheiro, de mansões, de carros luxuosos, se tornam escravos destes desejos e suas vidas são consumidas ao serem distanciados do amor, da consciência. Depois envelhecem, morrem, e com o tempo são esquecidos.

Alguns poucos buscam o suficiente para viver de forma digna e dedicam parte de suas vidas para viver em paz, para viver a simplicidade, para curtir a natureza, os animais, para aprenderem a amar!

Muitos buscam a consciência mas ficam presos em fanatismos, em ilusões.

Cada SER define pra si, ou não, o que é o sentido da existência. Eu defino pra mim que o sentido da existência é a vida, é o amor, e o amor é a consciência, uma flor com lindas pétalas!

Consciência é amor, amor é paciência, é altruísmo, é perdão, é serenidade, é compreensão, é empatia, é tolerância, é humildade, é respeito, etc, etc, etc...

O que está me mantendo vivo é a busca pelo despertar da consciência. Sem a consciência, nada aqui neste planeta tem valor. Trabalhar, correr atrás de dinheiro, alimentar vaidades, viver de forma egoísta, sem um propósito interior, e depois envelhecer e morrer?

A busca pela consciência dá sentido a tudo o mais, a todas as experiências que estou vivendo.

Estou atrás da consciência, do amor. Quanto mais eu tenho, mais eu busco, pois não tenho outro rumo a tomar!
Preciso ter um objetivo para dar um sentido aos meus dias, mas trabalho para "não desejar" este objetivo, pois quando desejo me aprisiono no "querer". Não desejo o céu, e não temo o inferno, apenas vivo. Não sei o resultado, não sei  aonde  vou chegar, apenas caminho.

Talvez as minhas palavras possam contribuir para as reflexões das pessoas que lerem. Talvez estas palavras não tenham valor para muitos. De uma forma ou de outra, tudo está certo!

No próximo capítulo vou escrever sobre a "auto-realização" do SER.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar

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