As palavras murcham diante da beleza da Rosa.
O olhar, diante da luz do amor, cega-se de felicidade.
Os braços desfalecem diante da vontade imensa de doarem-se em carinho...
O coração, extasiado diante da pureza, verte lágrimas sobre o véu da paz, ao vislumbrar o paraíso!
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Para se desenvolver nas águas os seres criamos técnicas de nado, para uma maior liberdade criamos a jangada, a prancha, a canoa, o barco, o submarino, etc. Para nos desenvolvermos no ar criamos o balão, a asa delta, o elicóptero, o avião, o jato, o foguete, etc. Para nos desenvolvermos no chão criamos a roda, a charrete, o automóvel, o trem, o metrô, etc.
Criamos ferramentas e as aprimoramos para nos desenvolvermos nas comunicações, nas artes, nas ciências, etc. Também buscamos criar ferramentas para encontrarmos soluções para a nossa falta de paz! Mas tudo indica que estamos fracassando nesta área... Criamos um mundo egoísta, infelizmente...
A consciência se realiza ao se desenvolver por meio do mundo exterior, mas quando suas descobertas não se voltam para o despertar da alma, acaba se entretendo e se distanciando de si mesma... Cria vaidades, fantasias, orgulho, competições, desejo de ser melhor que os outros, etc.
No fundo estamos sempre usando de ferramentas e estas são memórias.
Para o despertar da consciência também crio ferramentas, memórias, estratégias e as manipulo. E também me utilizo de ferramentas criadas por outros seres, que me servem. As orações para o despertar, as disciplinas diversas, a auto-observação, a reflexão, etc.
As memórias são energias, ferramentas, mas a consciência que manipula estas energias não é uma ferramenta, ela é a razão de ser destas ferramentas. A consciência cria suas ferramentas para poder se desenvolver, para poder se descobrir, para poder despertar! As técnicas para o despertar são como uma canoa para a consciência navegar dentro de si mesma, com segurança.
Uma pessoa que perde a memória não sabe mais o caminho de casa, não reconhece mais os familiares, não se lembra de suas experiências, a consciência fica sem ferramentas para se manifestar. Não há mais consciência do lar, nem da sua situação no mundo, nem de nada... Neste caso é preciso reconstruir as memórias e usá-las para se descobrir, para ter referências.
Existem muitas memórias destrutivas, são os egos, memórias inconscientes... Estas precisam ser eliminadas.
Voltarei a escrever amanhã.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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