sábado, 13 de maio de 2017

Afinidade familiar (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.246

Quando agrido o amor perco a amizade das flores e me distancio do perfume da paz, pois vejo a consciência como um jardim e o jardim não floresce no lodo.

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As pessoas não somos obrigados a ter afinidades com outras pessoas apenas porque estamos na mesma família. É normal que sejamos diferentes uns dos outros.

Compreendo que é normal que pais não tenham afinidades com filhos e filhos não tenham afinidades com seus pais, não vejo nenhum problema nisto. O problema é a falta de respeito, a impaciência, a intolerância, os preconceitos, as agressões, etc. Pessoas sem afinidade entre si podem viver em harmonia se forem conscientes, se houver o respeito entre elas.

A família não é uma fórmula sagrada onde todos que estejam em seu interior devam se enquadrar em rótulos. Observo que a sensatez deixa isto evidente, sempre, mas existe esta fantasia seguindo contra a maré, endeusando a família.

Vejo como comum familiares cobrando o fato de que são menos amados que a(o) irmã(ão), pais cobrando serem menos amados por esta(e) ou aquela(e) filha(o). Afinal, somos robôs? Devemos ter sentimentos padronizados uns para com os outros só porque somos familiares?

Compreendo que se pais e filhos não tem uma ideologia compatível podem buscar algo em comum para valorizar a relação, respeitando as diferenças, ao invés de valorizarem as diferenças desrespeitando a harmonia.

Sinto que podemos refletir muito sobre as relações familiares e descobrirmos muitos egos, inconsciências, e trabalharmos para eliminar estes egos e despertar as virtudes correspondentes. As famílias são ambientes maravilhosos para o crescimento espiritual, desde que tenhamos a disposição para despertar a consciência e sejamos competentes neste trabalho.

No próximo capítulo farei reflexões sobre as feridas emocionais em família.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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