domingo, 4 de novembro de 2018

Desenvolvendo a auto-observação (Autoconhecimento) - cap.06

Rosa

Teus lábios de pompas e adornos, guardam as sedas, macias e serenas, pousada do beija-flor.

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Se eu estou aprendendo a cozinhar, vou me tornar um bom cozinheiro se eu viver a profissão diariamente, exercitando os procedimentos básicos muitas e muitas vezes. Depois de muito tempo exercitando, muitas experiências, vou dominando os conhecimentos básicos. 

Com exceção de pessoas superdotadas, este é o caminho normal para nos desenvolvermos: muitos exercícios, muitos erros e acertos, continuidade, vontade, disciplina, formação de uma consistente bagagem de experiências.

Quando comecei a exercitar a "auto-observação psicológica" senti muitas dificuldades. Começava a me auto-observar em uns momentos, me identificava com meus pensamentos, esquecia, ficava várias horas envolvido com as atividades, me lembrava do exercício, tentava novamente por uns poucos momentos e era levado pelos egos...

Sempre que alguém vinha conversar comigo eu me perdia, não conseguia me auto-observar enquanto alguém conversava comigo, ou enquanto eu estivesse realizando alguma atividade.

Eu só consegui desenvolver a auto-observação quando comecei a fazer caminhadas sozinho. Nestas caminhadas, aos poucos, eu comecei a conseguir me auto-observar por  poucos minutos, seguidas vezes. Este período foi aumentando e eu fui desenvolvendo uma certa habilidade.

Depois de muitas caminhadas, por meses seguidos (não consigo me lembrar quantos), eu passei a ter resultados que passaram a me ajudar.

Quando eu consegui perceber a diferença da minha consciência para os meus pensamentos, emoções e corpo, eu comecei a me auto-observar conversando, trabalhando, fazendo refeições, etc. Até hoje eu sigo me aprimorando neste exercício. Já são mais de vinte anos de exercícios.

Exercícios de meditação, em um ambiente fechado e protegido, são partes muito importantes deste meu processo. As orações também me ajudaram e continuam me ajudando, são técnicas geradoras de energias de fé, confiança na minha capacidade de superação.

Em todas essas vivências eu fui identificando a minha consciência (alma), meus egos, e percebendo estas duas forças comandando o meu corpo físico.

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Cada pessoa é um universo cheio de complexidades. O que serviu pra mim, talvez sirva pra algumas pessoas e não para outras.
Quando uma pessoa tem uma grande vontade de despertar a consciência, tendo fé, confiança na existência de uma força superior, rezando, se esforçando, trabalhando com prudência, poderá ter bons resultados. Eu confio nisto.

Transformações psicológicas são delicadas, vejo como importante ser uma pessoa prudente nestes exercícios. Tomar cuidado com fanatismos, com fantasias psicológicas, com a mitomania, etc.

Eu quase me perdi neste caminho, corri vários riscos. Sinto que fui muito protegido por forças invisíveis.

Se alguém for fazer caminhadas para praticar a auto-observação, sugiro que o faça em parques seguros, sem riscos de ser atropelado ou assaltado. Durante os exercícios a pessoa pode ficar muito concentrada em si e isto pode ser delicado.

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: Ulisses Higino
ulisseshigino@gmail.com

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