domingo, 3 de julho de 2016

Egoísmo (Transmutando o Ego em Flor) - cap.74

Você pode sentir o silêncio que és, agora? 

A consciência é o silêncio interior que pode observar nossos pensamentos, movimentos, emoções, nosso corpo.

Você pode sentir a si neste momento?

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Relembrando, estou refletindo sobre algumas características dos egos.

"Memória", "desejo", "expectativa", "ansiedade", "impulsividade", "fantasias", "intransigência", "competitividade"

Agora seguirei com as características:

"Egoísmo", "insatisfação", "rigidez", "inflexibilidade", "desequilíbrio", "desarmonias". 


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Todo defeito psicológico só tem uma direção, a inconsciência. É um condicionamento que geramos e vive centrado em si, busca alimentar-se independente do que possa causar para o mundo exterior, egoísmo. O sentido da ira é brigar, o orgulho deseja se enaltecer, o medo deseja fugir, etc.

Egoísmo vem de ego, todo ego uma parcela de egoísmo, assim como amor é consciência e toda virtude é uma parcela diferenciada do amor: paciência, tolerância, mansidão, etc.

Os egos agem por associação e muitas vezes acabam uns limitando outros, por exemplo a luxúria acaba sendo limitada pelo ego da vergonha, ou o ego da timidez, etc. O desejo de roubar às vezes pode ser barrado pelo medo, o vício pelo alcoolismo se limita pela vergonha de ser visto embriagado, e a vergonha por sua vez acaba sendo alimentada pelo orgulho, etc.

É claro que a alma, nossa essência, mesmo que muito adormecida, também atua freando os egos, mas para termos uma percepção clara disto é preciso um certo nível de consciência desperta, do contrário o Ser pode atuar sem que a pessoa consiga distinguir o que é seu ego ou sua essência.

Quanto mais forte os egos, mais adormecida a consciência, menos controle sobre si, maiores os estragos que os egos fazem por meio dos nossos corpos, destruindo a si e os que estão à volta.

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A consciência quando desperta percebe a si mesma e se diferencia dos pensamentos, sentimentos e do corpo físico. Esta percepção se desenvolve gradativamente e é necessário muitos exercícios. O exercício mais simples é o de observar-se agindo, pensando, sentindo, e buscar equilibrar esta observação com a reflexão e intuição.

Os egos são mecânicos, repetitivos, facilmente podem ser identificados, mas no início de um trabalho psicológico tudo é muito difícil, distinguir consciência de ego.

Sugiro a prática de deitar, fechar os olhos, e se dispor a parar todo pensamento que surgir, assim é possível aos poucos perceber a consciência por trás, parando os pensamentos, perceber que podemos comandar, e perceber como somos levados, frequentemente, por ondas de pensamentos e emoções.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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