domingo, 16 de agosto de 2020

Alma-zumbi (Emoções) cap.14

Krinsha e Arjuna

A linha do horizonte que separa os corpos apagou-se, desgastando-se na ternura do nosso amor... Perdemo-nos um no outro e já não sabemos onde termina a terra e principia o céu. Já não há mais nada no meio, entre o Alfa e o ômega!


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Diante da televisão, computador, cinema, etc, a minha consciência fica passiva, sendo bombardeada por muitos efeitos visuais, efeitos sonoros, cenas incríveis, imagens sedutoras, atrizes e atores que encantam, enredos interessantes, etc.

A consciência fica passiva, sem tempo pra analisar, refletir, apenas fica sendo conduzida pra que o corpo chore nos dramas, o coração acelere nos suspenses, os sorrisos fiquem alegres nas comédias, o medo nos assombre no terror...

A família em casa assistindo ao programa de auditório, o marido desejando as dançarinas, a esposa desejando o ator bonitão, filhas e filhos tendo suas fantasias sexuais particulares, e todos sentados na sala, diante da tv. Ali tudo é permitido!

A consciência sendo educada pra receber e não refletir. Diante da vida fica condicionada a agir da mesma forma, passivamente. Vamos perdendo a capacidade de discernir, de ver a vida de forma reflexiva, de filtrar as impressões que nos chegam, usando da consciência.

Somos educadas(os) pra sermos pessoas superficiais, impulsivas, na vida real, igual acontece quando estamos na frente dos monitores, o centro emocional sendo levado de um lado para o outro, da alegria para a tristeza, do desejo sexual para o desejo de raiva, etc.

Uma mulher com decote e eu já fico excitado, uma palavra alterada e eu já estou no ponto de briga, pessoas com posturas diferentes das minhas e eu já estou julgando preconceituosamente, etc.

Somos educadas(os) pra vivermos nos identificando com o exterior, esquecendo-nos do SER que somos.

No próximo capítulo vou falar da auto-consciência.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

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