Quando tenho vontade de rezar para a força criadora da natureza eu posso me ajoelhar no jardim e falar com a Rosa! Mas também posso falar com uma joaninha, ou uma formiga... A força criadora é muito acessível!
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Se um dia eu tiver vontade de saber o que as escrituras ditas sagradas falam da força criadora, como a chamam, etc, eu vou buscar conversar com as várias nações indígenas e saber das tradições delas; vou consultar as escrituras budistas; vou consultar as religiões de matrizes africanas; vou consultar a bíblia; enfim, vou consultar todos os livros sagrados de todas as instituições. Na minha compreensão todos os seres expressaram o sagrado, e o sagrado não é privilégio de uma única cultura. Mas eu não tenho vontade de buscar a força criadora nestas fontes, eu já fiz isto e sinto que já vi o que precisava ver... Eu já não tenho mais vontade de buscar a força criadora porque não há o que buscar, como já disse, somos esta força!
Onde estão os nomes femininos para as divindades? Me parece que a espiritualidade é um reflexo da cultura machista que construímos ao longo dos séculos.
Quando rezo para a força criadora da natureza eu a chamo primeiramente de Mãe, depois de Pai, depois falo com a "força crística" (não falo em Cristo homem, ou Jesus). Primeiramente sempre coloco a mulher à frente, para desconstruir em mim o machismo!
O que a força criadora pensa de tudo isso? Eu sou parte da força criadora e me divirto com tudo isso! Uma diversão infantil, sem maldades.
No próximo capítulo vou falar sobre o Cristo.
Ulisses Higino
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