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Senti a necessidade de um complemento ao capítulo dezesseis.
Como citei no capítulo referido, eu luto pela transformação do mundo, porém sem desejar mudar o mundo, atuo pela força da vontade consciente, oferecendo o que tenho de melhor, com respeito pelo direito do mundo de aceitar ou não o que tenho a oferecer. Vontade é do ser, desejo é ego.
O mundo exterior reflete o universo que carrego em meu interior. Necessito mudar o meu interior e quando o faço mudo o exterior. Necessito mudar o exterior, pois ele sou eu!
Trabalho para mudar sem desejar que a mudança ocorra, tanto interna quanto externamente. Tomo partido, meu partido é estarmos juntos! Tomo partido de estarmos todos em harmonia, por isto não compactuo com este ou aquele que esteja em combate, de minha parte proponho o diálogo, a reflexão, o respeito. As diferenças são necessárias, mas podem ser administradas com consciência, respeito, harmonia e o resultado pode ser a paz!
Na luta por um mundo melhor eu vivi uns onze anos viajando pelo Brasil, dando cursos gratuitos de auto-conhecimento. Neste período, durante o dia, exerci várias atividades profissionais para sobrevier, e de noite dava os cursos gratuitos para as comunidades, ensinando o despertar da consciência. Este trabalho se deu entre 1988 e 1999. De 2000 até o final de 2011 eu vivi cuidando da vida material, procurando dar melhores condições de vida para meus filhos.
De 2012 até hoje retomei os trabalhos em prol dos semelhantes e nesta luta pela transformação do mundo exterior eu venho falando e escrevendo sobre política, educação, saúde, religião, espiritualidade, comportamento, ciência, etc. Também nesta luta visito asilos para confortar, dar amor para os irmãos da melhor idade; visito crianças em hospitais e levo carinho para elas, por meio da música; visito enfermos mentais e levo para eles carinho e tratamento pela musicoterapia; visito orfanatos; ajudo moradores de rua; faço conferências em diferentes instituições; ensino filosofia pra crianças de algumas escolas públicas, etc. Todas estas ações eu as realizo gratuitamente, fora do meu horário de trabalho.
Nesta luta eu também procuro educar meus filhos para serem conscientes e não levarem problemas para a sociedade; economizo a água da máquina de lavar e a uso para dar descarga no banheiro e para lavar o tapete; separo lixo orgânico do lixo reciclável; não jogo lixo pelas ruas; cuido da minha saúde para ter melhores condições de trabalhar pelo próximo e pela natureza; defendo a natureza e os animais; faço e distribuo poemas e canções estimulando o despertar da consciência, escrevo e publico gratuitamente livros para o despertar da consciência, etc.
Trabalho ativamente para mudar o mundo exterior, entretanto este trabalho é a mudança do meu mundo interior, no fundo são a mesma coisa, mas demorei para aprender a ver minha alma no externo e para ver o externo em mim.
No tralho para eliminar o ego de "não desejar" mudar eu vivi muitas tentativas com erros e acertos e estou em processo ainda. Já eliminei muita intolerância de mim, muito preconceito, muita discriminação, muito desrespeito ao livre arbítrio alheio. Volto a reforçar que as mudanças são gradativas e necessitam de muita paciência por parte de alguém que sinta vontade de mudar, "vontade" e não "desejo".
Antes entrava nas questões e acabava me envolvendo em discussões, agora já estou aprendendo a manter-me sereno, entrar e sair sem me sujar no ego, mas ainda tenho muito que aprender.
Escrevi este capítulo porque achei necessário ficar claro minha postura, a de que todos nós temos responsabilidades pelo mundo estar como está, e portanto o mundo necessita que façamos algo para salvá-lo!
Não falo do que fiz e faço para me envaidecer, falo para dar testemunho.
Sugiro no mínimo duas leituras de cada capítulo...
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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