sábado, 27 de agosto de 2016

As tendências e o Desejo ( Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor ) cap.12

O mal sempre traz consigo um bem, pra seduzir. O ego é cego e por não ver o anzol, morde a isca, se entrega ao prazer... Depois que o aço do erro dilacera a carne, vem a dor, e ela traz consigo o pranto...

Mas... há um pescador que é santo, ao  invés do anzol, fisga com flores, ao invés da dor, traz liberdade! Ele se chama amor, e também está no mar da vida, ofertando a paz!

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A vida é um processo de organização, regeneração; a morte é um processo de desorganização, degeneração.

A Sintropia é a organização, a Entropia e a desorganização. 

Um exemplo clássico de entropia é a caixa de laranjas, se colocamos uma laranja podre dentre outras boas, todas são niveladas para baixo, uma tendência, todas apodrecem, entram em entropia.

A morte, a doença, a sujeira, a desorganização, são tendências, entropia; a vida, a saúde, a limpeza, a organização, se instalam por uma força que não se sujeita a tendência, esta força é a consciência. A manutenção da ordem requer consciência em atividade, trabalho, atenção, presença da alma; a desordem, inconsciência, é o descer a ladeira, não precisa de pré requisitos, basta largar-se!

Os prazeres fazem parte da vida, deles temos as memórias e com elas a tendência de criarmos os desejos.

A todo o instante surgem desejos, são como ervas daninhas em um jardim. O jardineiro atencioso não se revolta com as ervas daninhas, elas é que valorizam o seu amor, pois sua atenção, consciência, disciplina, determinação, etc, se desenvolvem por conta destas pragas.

A consciência desperta compreende isto, sabe que não pode mudar a ordem natural da vida, apenas trabalha a cada instante retirando estas ervas daninhas de si mesma! Este trabalho é composto de observação, reflexão, compreensão, intuição, vontade, disciplina e ação justa. As energias emocionais, intelectuais, instintivas, motrizes e sexuais seguem a tendência de se condicionarem e começam a formar um ego, desejo, à partir das experiências vividas, prazeres e suas lembranças, então a consciência vem, amorosamente, e desintegra esta forma que começa a se cristalizar, e liberta estas energias para que voltem para a natureza.

Ego é tendência, barro, montanha, lugar comum; consciência é vida, preciosidade, ouro, raridade!

O ouro é precioso porque é raro, a consciência desperta é preciosa porque é rara! Comum é nos tornarmos barro, montanha. Na perspectiva do nosso planeta, para um anjo, ouro, são muitos seres inconscientes, montanha... Estas minhas palavras não tem o tom da crítica, discriminação, é apenas o que está a nossa volta, basta olharmos o que fizemos do nosso planeta...

Todos podemos despertar a consciência, mas, quem está despertando? 


Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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