Os fartos seios da negra noite, sugam-lhes, os brancos lábios da clara lua!
---------------------------------
A consciência observa o que precisa ser feito e o faz pela força da vontade.
A vontade se expressa na realização e para realizar se apoia em disciplinas.
Em capítulos mais adiante vou escrever sobre algumas disciplinas que utilizo, como sugestões, uma forma de ilustrar. Um ser indisciplinado enfraquece a vontade e fortalece os egos, desejos.
Tudo na vida funciona com regras, disciplina. Uma empresa, uma escola, um projeto, um estudo, etc. Porquê seria diferente com nossa alma? Porém não precisamos de excessos! Tenho disciplinas para uma parte das minhas ações, mas tenho liberdade para expressar a criatividade, a espontaneidade, a intuição, em muitas outras partes do meu dia. Equilíbrio! O ego tem medo da disciplina pois sabe que ela o mata, mas no fundo, o ego é uma disciplina inconsciente, nos torna robôs mecânicos... A previsibilidade da ira, do ciúmes, etc. A consciência é livre, imprevisível, não tem mecânica, sua disciplina é lúcida.
Podemos alimentar a vontade com a prática de nos dispormos a fazer as tarefas que não são prazerosas mas necessárias, como a organização do lar, organização do ambiente de trabalho, etc. E também fortalecemos a vontade interrompendo as prática que nos proporcionam prazer, quando percebemos que já tivemos o prazer suficiente.
Levantar-se depois de ter dormido o suficiente, vencendo o desejo de permanecer na cama, saber a dose necessária na alimentação, saber a dose certa do divertimento, etc. A moderação é uma prática sábia.
Quando nosso corpo está condicionado a não ter limites, ao viver sem controle, somente a ideia da disciplina pode produzir um mau estar! E assim muitas pessoas fogem do despertar da consciência. Nestes casos é importante refletir que não mudamos drasticamente, mas reduzimos a ação dos egos, aos poucos.
Ser consciente não significa fazer sacrifícios, significa paz, saúde, equilíbrio, desfrutar os prazeres da vida de forma lúcida e para tanto não há a necessidade de brigar com o ego, podemos ir desintegrando a forma-ego gradativamente, libertando os átomos emocionais e mentais que o formam, e libertando a virtude que estava aprisionada dentro deste ego. Este trabalho pode ser feito amorosamente, inteligentemente, sem produzir traumas.
O vontade é uma força presente em cada virtude! Assim como em cada ego temos o desejo.
Paciência, vontade dirigida, refletindo a situação, compreendendo a necessidade de uma atitude serena; temperança, vontade dirigida, realizando uma alimentação com qualidade, eliminando os excessos; etc. Existe a vontade consciente movendo a ação da humildade, do desapego, da simplicidade, etc.
Eliminar o ego é a forma de despertar a força da vontade.
Fui chocólotra, comia um pacote de biscoito de chocolate inteiro em um dia. Comecei a diminuir aos poucos a quantidade, depois migrei para uma barra de chocolate após as refeições, depois migrei para uma paçoquinha, depois migrei para uma balinha, depois retirei este ego específico da gula (são muitos os egos da gula). Não machuquei o meu corpo retirando o ego de uma vez, não provoquei uma síndrome de abstinência, fui devagar. Sempre sugiro mudanças de forma responsável, sem se agredir.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário