Turbilhão Psicológico ( CORRUPÇÃO DO CORPO E DA ALMA ) - cap.10

O ferro é rígido, e quanto mais caminha sobre o tempo, mais a ferrugem lhe corrói as entranhas.
  
A ternura é leve, e quanto mais cainha sobre o tempo, mais o amor lhe fortalece o perfume!

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O início do trabalho psicológico pelo despertar da consciência é um momento desafiador! 

Se a alma que busca o despertar tiver êxito nos primeiros passos, vai começar por perceber a sua própria loucura interior. Depois desta percepção vem a dura tarefa de iniciar a transformação deste turbilhão psicológico em uma lagoa serena.

A pequena prática no início do capítulo anterior é uma disciplina que poderá ajudar muito o desenvolvimento da auto-observação psicológica.

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Silenciar o corpo, mente e emoções, para escutar na alma o silêncio que fala eloquentemente da paz!

Pequenas doses diárias desta prática são gestos de amor para consigo mesmo.


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Em um ambiente apropriado, onde se possa ter uns cinco minutos de privacidade, sentar-se ou deitar-se comodamente, fazer um relaxamento e buscar silenciar a mente e as emoções.

O ideal é fazer este exercício no próprio quarto, de manhã bem cedo, após acordar, pois neste momento o corpo está relaxado e a mente não está tão agitada. Se fazemos a prática no final do dia, o corpo está desgastado pelas atividades e a mente está agitada. Mas cada qual trabalha conforme as condições lhe permitam, nem todos podem se dar ao luxo de escolher as melhores situações.

Cinco a dez minutos diários, com o tempo, se torna precioso! Depois podemos nos educar e conseguirmos ficar por vinte ou trinta minutos, duas ou três vezes por semana, sem interromper com as pequenas práticas diárias.

Lutando para parar os pensamentos e emoções a alma começa a sentir a presença da energia da consciência, que não é pensamento nem emoção, é a que está interrompendo a ação dos demais, uma inteligência reflexiva, silenciosa, a presença do Ser.

Após perceber o triste estado interior em que se encontra, a alma que luta pelo despertar inicia por retirar de si, aos poucos, suas imperfeições. Isto acontece porque esta percepção desnuda a realidade que o ser está sendo asfixiado pelo ego. Quem percebendo sua morte não vai lutar pela vida?!

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

youtube: Reflexões - Ulisses Higino