O coração consciente é um mestre na arte da guerra, batalha contra o mal em si.
Sua força é a consciência, ela se protege com o escudo-reflexão, e da bainha-compreensão retira e empunha sua espada-verbo!
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Da dualidade nasce o prazer e o desprazer, são naturais da vida.
O sabor dos alimentos, o cheiro das coisas, os sons, as texturas, as imagens, todos nos chegam pelos cinco sentidos e estimulam sensações agradáveis e desagradáveis.
Pelos ciclos da natureza temos a repetição dos dias e dos eventos dentro deles. Com a repetição dos eventos surgem as memórias das experiências passadas, e estas memórias estimulam o surgimento do desejo de buscar o bom e o desejo de fugir do ruim, e uma variedade de geometrias psicológicas. Este é um dos fatores que originam os defeitos psicológicos, egos.
Outro fator gerador de traços psicológicos inconscientes é a repetição das ações, sejam intelectuais, emocionais, motrizes, instintivas ou sexuais.
Uma ação se repete baseada em alguma referência, dentro de um contexto, dentro de um evento, dentro de um dia. Se for por exemplo ao amanhecer, como teremos amanhecer todos os dias, cada amanhecer pode estimular a lembrança de uma atitude no amanhecer anterior e termos a tendência de repeti-la. Com as repetições estas atitudes concentram em si energias, e estas energias vão se fortalecendo e virando hábitos, e a pessoa passa a sentir o desejo de repetir estes movimentos. Quanto mais repete, mais forte fica o hábito, mais a consciência fica adormecida e escrava da inconsciência criada.
Todo hábito é uma inconsciência porque escraviza a alma, ou seja, uma pessoa escravizando a si mesma, produzindo em si limitações. Por este motivo é inconsciência, pois está destruindo a si!
Recapitulando temos o movimento que se repete produzido pelo prazer ou desprazer, ou simplesmente porque a vida se movimenta. A repetição, seja movida por um desejo ou não, sendo inconsciente, gera os condicionamentos.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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