Suavemente, se eu bailo
Alma tua descortina
A janela dos teus olhos
E aprecia o meu Ser
Posso em movimentos leves
Estender-lhe minhas mãos
E pedir-lhe que me leve
Ao teu seio coração
Desde lá mudar tua sina
Quando adentro sou perigo
Faço em ti surgir tristeza
Se lembra-lo um inimigo
Sei lhe extrair angústia
Envolvê-lo em agonia
Também posso ser alento
Renascer em ti ternura
Extraindo do teu peito
A aurora junto aos anjos
Envolvê-lo num sorriso
Não se assuste, só te alerto
Meu bailado é bom agouro
Dou-te luz, meu alvo é certo
Só te quero iluminar
Sê consciente no viver
Sou palavra concebida
Pelo espírito poeta
Tendo n'alma a ânsia viva
Bailo nobre sinfonia
A elevá-lo para o céu
Nascente de minha essência
Feita de águas cristalinas
Brota singela carência
De doar-se nesta vida
De perder-se no amor
Porém muitas bailarinas
São gestadas na razão
Tão distantes d'alma fina
Ardiloso labirinto
Vão tecendo a envolver
Acorrentam o espírito
O fazendo crer na terra
Ter a fonte do existir
E perder-se nesta esfera
Iludido sem saber...
Uma simples bailarina
Que mal poderá fazer
Sendo apenas dançarina?
Vim aqui te alertar
Ouça com o coração:
Pelo verbo fez-se o mundo
Por ele está a ruir
Encontre o caminho profundo
Senda estreita, com espinhos
Chegue aos lábios criador!
Sugiro leituras e releituras reflexivas sobre este texto.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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