sábado, 12 de agosto de 2017

Momento poético - Bailarina (A Consciência) - cap.33

Sou palavra bailarina
Suavemente, se eu bailo
Alma tua descortina
A janela dos teus olhos
E aprecia o meu Ser

Posso em movimentos leves
Estender-lhe minhas mãos
E pedir-lhe que me leve
Ao teu seio coração
Desde lá mudar tua sina

Quando adentro sou perigo
Faço em ti surgir tristeza
Se lembra-lo um inimigo
Sei lhe extrair angústia
Envolvê-lo em agonia

Também posso ser alento
Renascer em ti ternura
Extraindo do teu peito
A aurora junto aos anjos
Envolvê-lo num sorriso

Não se assuste, só te alerto
Meu bailado é bom agouro
Dou-te luz, meu alvo é certo
Só te quero iluminar
Sê consciente no viver

Sou palavra concebida
Pelo espírito poeta
Tendo n'alma a ânsia viva
Bailo nobre sinfonia
A elevá-lo para o céu

Nascente de minha essência
Feita de águas cristalinas
Brota singela carência
De doar-se nesta vida
De perder-se no amor

Porém muitas bailarinas
São gestadas na razão
Tão distantes d'alma fina
Ardiloso labirinto
Vão tecendo a envolver

Acorrentam o espírito
O fazendo crer na terra
Ter a fonte do existir
E perder-se nesta esfera
Iludido sem saber...

Uma simples bailarina
Que mal poderá fazer
Sendo apenas dançarina?
Vim aqui te alertar
Ouça com o coração:

Pelo verbo fez-se o mundo
Por ele está a ruir
Encontre o caminho profundo
Senda estreita, com espinhos
Chegue aos lábios criador!


Sugiro leituras e releituras reflexivas sobre este texto.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência

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