A PEDRA E O LAGO:
Saio da terra e vou ao céu, para poder cair em ti...
Quando toco a tua pele você me absorve profundamente em teu SER, vou repousar no leito de tua alma, então encontro o paraíso: ser um contigo, comunhão no amor!
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A consciência se utiliza dos cinco sentidos para observar o mundo, para sentir o mundo, para tocar o mundo exterior. Ao observar acontece a "atenção", ao aprender a observar se vendo no universo observado, acontece a "auto-observação". O exterior reflete o que somos, o nosso interior.
Ao observarmos o mundo exterior passamos a conhecê-lo, podemos interagir, transformá-lo, melhorá-lo ou não, dependendo de estarmos ou não conscientes.
Quando nos auto-observamos passamos a conhecer a nós mesmos, auto-conhecimento, podemos nos transformar, despertar a nossa consciência, ou não... A auto-observação é um dos principais caminhos do despertar, o resultado depende da dedicação e eficiência do caminhante no uso de suas disciplinas, se estas forem sábias.
Quando usamos a observação ou auto-observação durante o dia a dia, necessariamente praticamos a "divisão da atenção".
Ao fazermos o almoço nossa atenção se volta para diferentes ingredientes e diferentes atividades. Separamos, lavamos, refogamos, cozinhamos, pratos diferentes, tempos de preparo diferentes, uso do fogão, faca, pratos, panelas, etc. São muitos elementos fazendo parte de uma mesma atividade. A atenção voltada para o arroz que está no fogo, ao mesmo tempo voltada para o feijão, ao mesmo tempo, quando possível, adiantando uma salada, etc. Ao mesmo tempo, se estivermos trabalhando o despertar da consciência, estamos exercitando o descobrimento dos egos, a eliminação destes defeitos ou alimentando as virtudes que tenhamos.
Quando dirigimos um carro nossa atenção também se divide, se movimentando entre o painel, os retrovisores, as sinalizações na pista, o destino, etc. As vezes temos algum passageiro que também requer nossa atenção. Aqui dividimos a atenção e procuramos manter a harmonia. No caso de estarmos trabalhando o despertar da consciência acrescentamos aqui a íntima recordação de si.
Nas conversas, na execução de um trabalho, nos estudos, nos esportes, nas diversões, etc, em todas as atividades do dia a dia a nossa atenção se divide e é importante termos o domínio para não nos identificarmos com o exterior, esquecendo-nos do ser. Se não estamos atentos vivemos de forma mecânica, sem estarmos atentos aos pensamentos, sentimentos e atitudes, constantemente sendo levados para o passado ou futuro, realizando no presente como sonâmbulos, sem a atenção sobre o que estamos fazendo.
Normalmente vivemos com a consciência adormecida, desatentos, fazendo muitas coisas identificados com os egos, lamentavelmente...
No próximo capítulo falarei da "concentração".
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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