sexta-feira, 15 de abril de 2016

Dependência física e psicológica (Transmutando o Ego em Flor) - cap.24

A grandiosidade de um gesto florindo na intensidade do amor, o carinho puro à uma rosa e o desabrochar do SER que a ama!

---------------------------------

Antes de entrar no assunto impulsividade sinto a necessidade de uma reflexão sobre a dependência.

Um viciado em drogas se auto-educa para conviver com as substâncias do seu vício. Se ele interrompe o uso o corpo sente falta, vive a síndrome de abstinência, e isto pode ser perigoso.

Nossas almas estão viciadas nos egos, por isto, mesmo que compreendamos a necessidade de eliminar os defeitos psicológicos é necessário muita cautela.

A prática do amor, periodicamente, alimenta, fortalece a consciência. 

No meu caso, há uns quatro anos atrás comecei com gestos de amor para com o meu corpo, pequenos alongamentos diários de mais ou menos cinco minutos. Depois de muito tempo passei para dez minutos e recentemente acrescentei novos exercícios chegando a me exercitar de quinze a vinte minutos diários. A resistência para fazer esforços pequenos de cinco minutos é mais facilmente contornada e depois nos tornamos fortes, desenvolvemos a continuidade de propósitos, mas se buscamos começar com muito, sem antes fortalecer a resistência, isto se torna anti-produtivo e uma agressão à nossa natureza física e psicológica.

Para evitar de ser vencido pela preguiça sempre inicio com trabalhos leves e facilmente suportáveis, tenho tido muito bons resultados e por isto dou estas sugestões.

Vou exemplificar com ações que estou realizando no momento, são poucas, com pouca duração e as incorporei a minha vida aos poucos:

Primeira semana do mês - visita de uma hora praticando musicoterapia para crianças enfermas na ala de Pediatria do Hospital de Base/DF (perto de um local onde dou aula);


Segunda semana do mês - visita de uma hora praticando a musicalização infantil, ensinando o relaxamento, concentração, meditação e reflexão, para crianças de uma rede pública de ensino (perto de um local onde dou aula);

Terceira semana do mês - visita de uma hora praticando a musicoterapia para enfermos mentais em um Hospital Público/DF (perto de um local onde dou aula);

Quarta semana do mês - organizando visitas a uma maternidade púbica para atuar com a musicoterapia para recém nascidos (perto de um local onde dou aula);

Fora estes trabalhos escrevo e publico estes livros pela internet, nos finais de semana, sextas, sábados e domingos após minha jornada de trabalho profissional;

Uma vez por mês realizo eventos culturais envolvendo meus alunos, familiares, amigos e comunidade em geral;

Esporadicamente realizo campanhas para auxiliar orfanatos, asilos e outras instituições carentes;

Já realizei outras atividades mas no momento trabalho com estas.

Todas estas atividades são gratuitas, não peço nada por elas, são o meu sacrifício pelos semelhantes. Sacro ofício, trabalho santo!

---------------------------------

Estes pequenos gestos os incluí na minha rotina de modo que eu não preciso mudar meu itinerário (são locais próximos dos  locais onde dou aulas) e não preciso dedicar muito do meu tempo.
Se ficamos muito afoitos pensando que podemos abraçar o mundo com as mãos, tentando mudar tudo de forma intensa e rápida, teremos grandes possibilidades de fracassar.

Consciência é amor, como despertar a consciência vivendo de forma egoísta? Ao mesmo tempo que faço trabalhos para enfraquecer e eliminar os egos sigo preenchendo minha vida com gestos de amor, doses de amor. Se o ego sai o amor tem que entrar no seu lugar, os espaços não ficam vazios, mas se busco tirar o ego e não coloco amor no lugar, como ele vai sair?

Para eliminar o ego faço minha parte, meus sacrifícios, meus esforços, minhas reflexões e disciplinas, meus gestos de amor, e simultaneamente faço orações pedindo pelo despertar da consciência, pedindo pela eliminação dos defeitos que me prejudicam. 
Como uma pessoa pode se sentir merecedora de conseguir auxílio de forças superiores enquanto não viva o amor?

Antes eu fazia minhas orações mas só depois que passei a viver o amor para com os semelhantes é que pude desenvolver o sentido da fé e pude ter resultados bem definidos na minha vida.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário