Ego é noite que sufoca a vida, amordaçando a alma, adormecendo o Sol.
Lindo é o despertar, libertar, quando os lábios do Ser se abrem para respirar o amor, e a luz o vem beijar!
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Podemos estudar a origem do ego de uma forma simples.
Na natureza temos a dualidade e por ela o prazer e o desprazer.
Temos sons, imagens, cheiros, sabores e sensações que experimentamos pelos cinco sentidos, algumas são agradáveis outra desagradáveis. Estas experiências provocam em nós pensamentos, emoções e reações instintivas.
Criamos memórias, lembranças do prazer e do desprazer, e temos a tendência de desenvolvermos desejos pelo prazer e desejos de fugir do desprazer.
Surge a busca por acumular elementos que produzem prazer, a cobiça, e como vivemos em sociedade invejamos os bem sucedidos neste aspecto. Dentro da sociedade necessitamos nos ajudar para construir, e para ter mais uns que os outros criamos mecanismos de competições.
Da permanência com o elemento do prazer conquistado surge o apego, do apego a falsa sensação de posse, desta o medo da perda, o ciúmes, a desconfiança, a ira, etc.
Quando conquistamos nos sentimos superior ao perdedor, surge o orgulho, a prepotência, a arrogância, etc.
Da insatisfação pela não conquista do desejado surge a impaciência, a intolerância, a falta de resignação, a revolta, as discriminações, as críticas, as brigas, a ira, etc.
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Ego é uma forma psicológica que pensa sente e age, movida por desejo. Como não vemos problemas em alimentar desejos, os fortalecemos e eles vão ficando mais fortes e nos escravizamos deles.
O prazer é do corpo, natural, o desejo pelo prazer é vício psicológico, ego. Desejo por sexo, luxúria, desejo por comidas e bebidas, gula, desejo por vingança, por brigar, por impacientar-se, por sentir-se superior aos outros, etc. Medo, ciúmes, arrogância, vergonha, intolerância, etc, todos são desejos, egos.
A questão não é fugir do prazer, mas vivê-lo com lucidez, consciência, respeito a si e aos demais. Podemos comer sem ter gula, podemos ter bens sem termos apegos e excessos, podemos ter uma relação conjugal saudável sem luxúria, etc.
No próximo capítulo vou refletir sobre a multiplicação do ego.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
youtube: Reflexões - Ulisses Higino
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