sábado, 12 de novembro de 2022

A CHUVA NA JANELA E OS UNIVERSOS PARALELOS



A CHUVA NA JANELA E OS UNIVERSOS PARALELOS
(Ulisses Higino)
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Um casal aquecido por uma manta de carinhos suaves em sentimentos recíprocos, em uma cama gostosa... Noite de sábado, meia luz... A pele confortando a pele, o olhar beijando o olhar, o amor... Os corações ouvindo a doçura da chuva na janela!
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Lágrimas doídas saindo do peito... Um leito de hospital, uma alma sofrendo as dores no corpo... Não fosse a medicação aliviando, não seria suportável o que já está lacerante... No quarto, sem acompanhante, sem enfermeiras, abraçada unicamente pela enfermidade que a faz chorar em emoções e soluços. Não há forças pra pensar ou falar qualquer palavra de socorro ou lamento... Do lado de fora, pelo vidro da janela, alguém também chora: a chuva caindo de um céu entristecido...
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Um anjo recém chegado à Terra... Um corpo delicado com um sorriso de brisa. Felicidade suave semeada momentos antes, após, em beijos, sugar o leite dos seios fartos, maternos... Silêncio no berço, cheiro de bebê em flor... Ouvidos de criança atentos ao som da natureza cantarolando a eles uma chuva na janela!
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Uma casa envelhecida pelo descaso social. Seus flancos castigados pelo frio de inverno e açoites de uma chuva agressiva... Suas paredes machucadas, tatuadas em feridas e calejadas por um destino cruel...
Ela, a casa, se levanta e caminha curvando-se de frio. Para diante de um contêiner de lixo e abre-lhe a tampa. Pega um frasco e inspira profundamente a cola de sapateiro, droga das mais baratas que conseguira comprar com o fruto das suas mendicâncias. Inspira, inspira, inspiraaaa.... E atordoada se lança dentro do contêiner... Drogada para anestesiar a fome e o frio, e pra suportar o cheiro da sua pousada forrada de restos... Uma casa judiada, abandonada, e dentro dela uma alma olhando na janela-olhos, e a chuva-lágrimas correndo por ali...
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"Pra que continuar? Carregar a dor até quando?" Esses pensamentos frios desencantados com a vida desejam por fim a dor desse homem... O céu escurecendo com o fim do dia, depois de já ter entardecido encizentado, agora desabando em cachoeira... Cada elemento do cenário parece ecoar suplícios nos ouvidos desse homem que por dentro também chora planejando terminar com sua dor... O som da chuva na janela é uma toada de agonia...
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A chuva na Janela é um texto por meio do qual cada pessoa lê a si? A vida é um livro-espelho refletindo nossa alma? Viver é estar caminhando dentro da própria alma?
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Julgamos e criticamos as pessoas ou as pessoas são espelhos e estamos falando com nosso reflexo? Estamos agredindo ou amando o mundo, ou a nós mesmas(os)? Buscamos compreender o mundo, ou estamos buscando compreender a nós mesmas(os)?
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O que sentiríamos se estivéssemos na pele de cada personagem das histórias acima?
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Quais as conclusões desses textos? Para algumas pessoas não têm conclusão, para outras existem muitas possíveis conclusões. O que é mais importante em uma exposição de artes? Entender o pintor ou entender a si por meio da obra pintada? Ou os dois?!
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O amor é uma pessoa que reflete os lindos sentimentos que temos por dentro, e a procuramos para tocarmos o nosso paraiso.
Os textos de um livro fazem você se conectar com algo agradável dentro de si? Há um namoro? Se houver um namoro com os textos, deleite-se com seus bonitos sentimentos!
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O concreto é o real no instante que o tocamos com os sentidos. As ruas, os carros, o Sol, as pessoas, as palavras nessa mensagem. O abstrato é um termômetro nos mostrando o quão proximas(os) ou distantes estamos do concreto/realidade e o quão próximas(os) ou distantes estamos da nossa realidade interior, de quem somos!
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Esse e outros textos compõem um livro que em breve estará disponível no mercado. Meu primeiro livro "oficialmente publicado" para o público em geral está disponível na Amazon:
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"Breves reflexões sobre a ansiedade" - Ulisses Higino.
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A(o) convido para ler gratuitamente as primeiras páginas, só acessar na Amazon.
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Leitor(a), receba meu abraço em palavras!

 

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